A Mancha Verde foi a sexta escola na noite de sexta-feira a passar no Anhembi no Carnaval 2024. Entretanto, a diretoria da agremiação sonha com uma posição melhor, que seja mais cedo para estratégias de desfile e promova o conforto para a comunidade. Novamente a sexta-feira já está confirmada pelo próprio presidente Paulo Serdan. Agora, resta saber realmente qual colocação a Mancha vai optar. Sempre vale ressaltar que a entidade ficou na quinta colocação no último carnaval. Sendo assim, será a quinta escola a escolher a posição desejada no próximo dia 18/05. A porta-bandeira Adriana Gomes, o presidente Paulo Serdan e o diretor de carnaval Paolo Bianchi conversaram com o CARNAVALESCO para falar sobre o que esperam da definição.
Iluminação favorável e conforto aos componentes
O presidente Paulo Serdan revelou que a escola que irá se apresentar no Anhembi na sexta-feira. De acordo com o gestor, a agremiação vai desfilar em uma posição melhor do que 2024, pois cruzaram a linha amarela da dispersão em um horário que não foi projetado. “Não está muito difícil de todo mundo adivinhar mais ou menos a posição das escolas. É só ver quem escolhe sempre um dia e escolhe o outro. Eu queria uma escola antes, mas a gente vai vir em uma posição de desfile melhor do que a gente desfilou esse ano. Por que eu digo melhor? Melhor porque, como não teve horário de verão, a gente até se projetou para uma coisa, mas acabou que clareou muito mais rápido até por essas ondas de calor que está tendo. Então a gente deve vir uma escola antes e vai ser bacana. A sexta-feira está confirmada”, comentou.
O diretor de carnaval Paolo Bianchi compactua com a ideia do presidente e disse ser favorável a um horário mais cedo. Ele vai além e diz que a escola desfila com muitos idosos e crianças. “Como nós somos o quinto a escolher, a gente tem a previsão de ficar com uma posição bem legal, que pegue o sambódromo mais quente, como a gente diz, e também não tanto para o final. A gente já pegou amanhecendo esse ano, nos preparamos para qualquer situação. A escola tem essa maneira de trabalhar em que a gente tem bastante controle e parceria com nossos componentes, onde eles se adaptam a qualquer situação. Mas claro que um pouco mais cedo tem a questão da luz, da iluminação e tem a questão também do cansaço. A gente sai com bastante crianças e idosos. Quanto mais cedo, mais confortável para eles. Então a gente tem essa expectativa de pegar uma posição um pouco mais para o meio e, por ser o quinto a escolher, achamos que vai ser tranquilo”, contou.
Preparação minuciosa e preferência de horário
A porta-bandeira da Mancha Verde, Adriana Gomes, se mostrou totalmente confortável em pegar um horário mais cedo e citou alguns preparos que um casal faz para desfilar bem e, segundo ela, esses padrões se adequam melhor em um desfile cujo a ordem seja próxima das primeiras. “Eu, Adriana Gomes, prefiro sempre desfilar mais cedo. A gente tem que trabalhar, além de tudo, a ansiedade, a alimentação, o descanso. Também não pode descansar demais. A gente tem que estar com o corpo sempre ativo. Eu nem posso dar como exemplo esse último carnaval que a gente desfilou muito tarde, que a gente foi a sexta escola, porque foi um carnaval adverso. Eu tive que me preparar psicologicamente de uma diversidade de trocar de mestre-sala e também estar muito tarde. Então a preparação é mais atenta. Aquilo que você come, você não pode ficar muito tempo sem comer e deve comer leve… Tem que se arrumar também sem correria. Mas eu prefiro desfilar mais cedo. Pra mim é muito melhor”, explicou.
Uma das sambistas mais experientes do carnaval paulistano, a porta-bandeira já viu de perto diversas mudanças internas. A dançarina opinou sobre o novo formato de definição de ordem dos desfiles e disse que toda nova experiência se for para o bem do carnaval é válida. “Qualquer mudança sempre é um susto no primeiro impacto, depois a gente vai criando entendimento sobre isso e eu acredito que nesse momento é o negócio mais estratégico das diretorias das escolas. Eles sabem como é a sua comunidade, como é que desfila e estrategicamente escolher o melhor horário de entendimento. Como eu vejo a mudança? Eu posso ver como uma evolução para algum lugar. Eu já estou no carnaval, como todos sabem da minha história, desde criança. Só como porta-bandeira são 25 anos e já enfrentei muitas mudanças de várias coisas no carnaval, mas essa é a primeira no método de colocação de ordem de desfile. Acho que toda experiência é válida e vamos ver no final do evento como é que vai ser esse organograma do próximo desfile. Eu sou sempre positiva para as mudanças. Eu acho que se é positivo para o carnaval, eu sou uma que vou abraçar”, disse.
Adriana, que passou por um desafio intenso na avenida no último carnaval, falou como está a preparação junto ao Marcelo para 2025. A porta-bandeira perdeu o seu parceiro dias antes devido à uma doença do mesmo. Sendo assim, o segundo mestre-sala do quadro de casais da Mancha Verde, Thiago Bispo, fez o par e juntos levaram a nota para a escola. “A gente já está preparando e conversando sobre tudo que vamos criar para o próximo carnaval. A partir do lançamento do enredo, nós temos mais ou menos ideias do que vamos representar na avenida e sobre aquilo que vai ser colocado em cima do personagem. Então a gente vai pesquisar elementos daquilo que possa ser, que a diretoria vai apresentar para a gente para o Carnaval 2025, mas vai ser uma preparação tão intensa como todos os outros anos. A gente sempre está muito focado naquilo que a gente quer, que a gente propõe, baseado nos elementos raízes da dança do mestre-sala e porta-bandeira, colocando os elementos que a proposta de critério de julgamento nos impõe para também colocar na apresentação para os jurados”, completou.