Intérprete oficial do Vai-Vai desde 2022 e empunhando o microfone principal da Saracura de maneira solo, cantor Luiz Felipe relembrou começo da carreira na Bela Vista. Leia o papo abaixo.

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Quais cuidados você toma nos dias anteriores à gravação do samba? 

“Procuro dormir bastante, não beber gelado, fazer exercícios, falar pouco, escutar músicas relaxantes, esses são meus cuidados”.

Alguns intérpretes tentam ser mais técnicos ao gravar, outros preferem se deixar levar pela emoção. O que você buscou na faixa do Vai-Vai para 2025?

“Eu estudo muito o samba antes de gravar, busco técnica e também emoção, mas na hora de soltar a voz, a emoção me toma conta, cantar no Vai-Vai é pura emoção. A faixa de 2025 é pura emoção pelo próprio homenageado, Zé Celso é fogo, Vai-Vai é fogo”.

O que você sente quando está com a comunidade do Vai-Vai?

“Sinto uma sensação de leveza, de felicidade, de estar nas nuvens. É uma troca de carinho e uma união muito grande, coisa de família mesmo. É difícil explicar exatamente a sensação, mas é coisa de estar sempre vivendo um sonho”.

Como é trabalhar em uma escola de torcida tão forte como o Vai-Vai? Tem pressão?

“Trabalhar com essa torcida é estar de mãos dadas e irmos juntos em busca de um só ideal: o melhor para o Vai-Vai. Tem pressão, tem tudo que se tem em uma escola da dimensão do Vai-Vai. Lido com isso com tranquilidade, já que ser nascido e criado aqui ajuda bastante. Confesso que não sinto pressão, mas o frio na barriga eu tenho sempre”.

Como é sua relação com a bateria?

“A melhor possível! Tenho total intimidade com os mestres, com os diretores, com os ritmistas. Eu vim de lá, então temos essa intimidade, nos falamos no olhar”.

Como é a relação com o presidente? Ele cobra muito? Como são os papos?

“Clarício é um presidente muito tranquilo em relação a mim. Sou um Intérprete que não dou problemas e isso também facilita o trabalho, facilita a relação entre presidente e intérprete, é tudo muito tranquilo e calmo. Sobre as cobranças, não tem comigo: porque eu já me doo muito, me entrego muito. Não tem nada de cobrança. Vindo dele tem muita tranquilidade, calmaria e paz”.

Qual o samba-enredo da sua vida? Por qual motivo?

“Pergunta muito difícil, é complicado escolher um só. Eu escolho o samba-enredo de 2006 do Vai-Vai, foi o início de tudo, o pontapé inicial da minha vida no carnaval”.

E qual você não cantou, mas gostaria de ter cantado de qualquer escola?

“Eu gostaria de ter cantado o samba-enredo de 2005, e em 2023 eu tive a honra e a felicidade de cantar ele quando o reeditamos. Ainda colocamos ele na história como um samba campeão – então, esse sonho eu também realizei”.