Por Gustavo Lima e Matheus Mattos
A Liga das Escolas de Samba de São Paulo (Liga-SP) realizou entrevista coletiva, na noite desta quarta-feira, em sua sede, para apresentar novidades e o critério de julgamento para o Carnaval 2020. Confira abaixo alguns trechos das declarações do presidente Serginho, comandante do Grupo Especial e Acesso paulistano.
Treinamento dos jurados
“A nossa ideia é sair com uma linha só. Sem cada um ter sua diretriz, sem conhecer o regulamento. Pensamos em mostrar como o processo foi feito e que a linguagem seja a mesma. Elaboramos uma maneira esse ano para que fosse feito um treinamento e escolhemos três coordenadores, que já foram julgadores, para que eles cuidassem dos julgadores. Pessoas acadêmicas que se integraram e transmitiram para o popular para a conversa ter a mesma linha de raciocínio. Temos o maestro Rogério no módulo música, a Flávia no módulo dança e o Bruno no módulo visual. Cada escola e jurados receberam o material que preparamos para o treinamento e todas informações de como será julgado cada quesito na Avenida. O julgador ainda levará para cabine uma apostila para usar caso tenha dúvidas”.
Algumas mudanças
“Em todas as cabines de julgador as baterias vão ter que ousar. A mudança na bateria teve uma votação apertada entre os presidentes e quem vai ganhar é o espetáculo. A ideia nossa era que o julgador pudesse descer e acompanhasse até a outra torre e assim por diante, mas ainda não vamos conseguir para esse ano”.
Investimento no julgamento
“A Liga vem investindo pesado nessa parte de julgadores nos últimos quatro anos e trocamos o quadro completo dos julgadores. Optamos por pessoas com muita qualificação e criamos um sistema que facilita para escola entender como ela é julgada. A cada ano tentamos que o carnaval tenha o resultado mais justo e transparente possível. Nos últimos o maior investimento na estrutura de carnaval foi no julgamento. Já fui presidente de escola e quando cheguei na casa não entendia a forma que era julgado. Pensava de uma maneira e o julgamento era de outra. Ia para Avenida no escuro. Queria entender porque não poderia ser tão claro e todo mundo saber como era o julgamento e o treinamento”.
Punição mais leve
“O carnaval está cada vez mais acirrado. Algumas penalidades estavam pesadas e decidindo carnaval por um décimo e algumas perdendo pontos por problemas. A ideia é que a escola que tiver problemas na pista possa ainda se recuperar dentro da pista. Não é deixar de punir, mas ter condições de disputar, sem ter uma punição tão forte. Antes quem estourava o tempo máximo ou mínimo perdia de cara logo 1 (um) ponto e agora está mais brando. Estava desproporcional. Nos adequamos para escola ter flexibilidade, caso aconteça algum problema durante o desfile”.