O comunicador Jorge Perlingeiro, ex-presidente da Liesa, faz na próxima terça-feira uma grande festa, apenas para convidados, no Ribalta, na Barra, Zona Oeste do Rio, para celebrar 80 anos de vida e 55 de carreira. O evento terá participações de grandes nomes da MPB. A abertura será com o ballet, de Jaime Arôxa, e o encerramento com show da Vila Isabel.

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Foto: Divulgação

“Terça-feira. Vou comemorar 80 anos e mais de 55 carreira. Decidi fazer também como uma prestação de contas. Completar 80 anos é uma dádiva. É um desafio chegar aos 55 anos de carreira. Luta incessante para ficar em atividade e ser respeitado. Grandes artistas vão estar presentes para me abraçar. A grande maioria começou comigo. Tem gente que trabalha há mais de 40 anos. Será também um resgate a memória e a imagem do meu pai. Ele me deu anzol, isca, e só não me deu o peixe. Tenho orgulho dele”, disse Perlingeiro.

Ao citar artistas que recebeu em seu programa, Perlingeiro lembrou de nomes de pessoas ilustres. “O Xande de Pilares fez o primeiro programa comigo. Ele tremia igual vara verde. Ele sempre conta isso. É um dos grandes nomes do samba. Tem a carreira solo consagrada. O Zeca Pagodinho na época não tinha 50 kg, hoje é amigo particular. E o carnaval é parte integrante da minha vida. A Vila Isabel vai fechar minha festa. É a escola que admiro e que cheguei em 1984 com meu amigo Capitão Guimarães”.

Durante a entrevista ao CARNAVALESCO, Perlingeiro falou do trabalho na apuração dos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial.

“Vou fazer apuração. São 32 anos. É uma marca. Vai ser novamente na Cidade do Samba. O dez nota dez é patrimônio imaterial da cidade do Rio de Janeiro. Continuo com meu podcast com 2 milhões de visualizações. Estou recebendo todas escolas”.

Perguntado sobre um susbtituto futuro para ler as notas do Grupo Especial, Perlingeiro falou: “O Wanderley Borges (atual apresentador das escolas no Sambódromo), que já faz a Avenida. Ele começou comigo. Tem presença muito boa. Ali, requer seriedade. Compartamento para apresentação”.

A celebração de 55 anos de carreira traz também uma reflexão sobre o momento da televisão. “Eu sinto falta de programa de samba na TV. O grande problema é a comercialização. Tem que captar dinheiro para manter produção, horário e equipe. É preciso ter vontade e garra. Não está fácil. Mercado e o mundo mudaram”, afirmou Perlingeiro.