O intérprete da Unidos da Tijuca, Ito Melodia, viveu uma noite especial, na última terça-feira, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no Centro, ao cantar com a Banda Sinfônica do Corpo de Fuzileiros Navais, no concerto em homenagem aos 216 anos do do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN). Em entrevista ao site CARNAVALESCO, o cantor disse ter realizado um sonho em cantar no local e ainda exaltou a causa do autismo, que defende há 10 anos.  O intérprete Paulinho Mocidade também participou do evento.

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Fotos: Jaqueline Gomes/Divulgação

“Essa apresentação representou a realização de um sonho. Meu profisssionalismo. Muito me honrou poder cantar no Theatro Municipal. A parceria com os Fuzileiros Navais só posso agradecer a Marinha do Brasil por esse grande presente. Cantar com a orquestra foi um sonho, a realização é sempre cantar com a bateria da escola de samba”, disse.

Ito lembrou do pai Aroldo Melodia e frisou que cantar no Theatro Municipal ficará marcado para sempre em sua memória por ter sido um momento fantástico.

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“Como intérprete, representando a Unidos da Tijuca, sem medo de errar, digo que foi um momento fantástico. Era como se estivesse na Marquês de Sapucaí no desfile oficial, mas com emoções diferentes. Encontrei músicos, arranjos e pessoas com quem nunca participei e em um lugar fantástico. Foi muito lindo para mim. Os sambistas entendam que podemos chegar em lugares imagináveis. Eu cheguei. Meu pai, um dos maiores cantores do carnaval, não pôde cantar no Theatro Municipal. Representei meu pai, tive essa honra, de representar o autismo e o samba que devo minha vida”.

O intérpretou contou como surgiu a relação com a causa do autismo e citou ser um “marco da vida” ao criar uma música especial.

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“O autismo faz parte e é um marco na minha vida. Essa minha relação com autismo aconteceu há 10 anos. Fui chamado para uma caminhada de conscientização. Recebi um abraço do João Vitor, que tinha sete para oito anos, ele me inspirou e o amor foi tanto e verdadeiro que em 2016 fui instrumento, por parte de Deus, e fiz com o compositor Gugu das Candongas o samba chamado ‘Sou um artista de um mundo solitário’. Fizemos um projeto musical e pude mostrar no Theatro Municipal. É o sambista falando e cantando pelo autismo”.