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Irretocável! Em ensaio de gala, Imperatriz pulsa, mostra força e técnica dos quesitos

Além da qualidade técnica de seu ensaio, comunicação entre público e escola foi ponto alto da Imperatriz que levantou a Avenida

Por Luiz Gustavo (Colaboraram Lucas Santos, Freddy Ferreira, Allan Duffes, Guibsom Romão, Juliana Henrik, Gabriel Radicetti, Marielli Patrocínio, Matheus Vinícius e Rhyan de Meira)

Se o ensaio do fim de semana passado mostrou uma Imperatriz preparada para manter o nível dos seus dois últimos carnavais, no teste de luz e som do último domingo a escola deu um passo adiante e realizou uma apresentação irrepreensível, com todos os quesitos funcionando no mais alto patamar. Casal, comissão, samba, bateria e componentes formaram um conjunto de impressionar. Tudo funcionou perfeitamente, numa sintonia fina entre o que se via e o que se ouvia. Completando o conjunto uníssono, a verde e branco esquentou o público da Sapucaí com um ensaio quente e recebeu ótima resposta dos sambistas que lotaram o Sambódromo. Com o som presente em todos os setores, a escola dominou a pista e desfilou como se estivesse em Ramos, totalmente à vontade. A Imperatriz evoluiu feliz, leve e pulsante sem esquecer da técnica, da fluidez do desfile. Algumas alas pareciam flutuar na pista tamanha a empolgação e força com que avançavam pela avenida. Foi um treino com uma energia de uma escola que exala felicidade e cada vez mais consegue transmitir esse sentimento ao público, criando uma sinergia que ficou explícita nessa última noite de ensaios técnicos.

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Neste embalo, a Imperatriz entrará em busca do seu décimo título do Grupo Especial no próximo domingo, 02 de março, apresentando o enredo “Ómi Tútú ao Olúfon – Água Fresca Para o Senhor de Ifón”, mais um carnaval desenvolvido por Leandro Vieira.

Um dos diretores de carnaval, André Bonatte, avaliou positivamente a oportunidade de dois ensaios e entendeu a Imperatriz pronta. “Foi acima, sinceramente, do que a gente esperava. Conseguimos fazer um grande ensaio no canto, evolução. Deu muito mais confiança, segurança. Muito importante dois ensaios aqui, acho que o primeiro tem o seu valor, por não ser com o sistema de som da Avenida, a gente consegue perceber muito melhor o canto, aí você exige mais do componente e esse agora que é mais completo com luz e som a gente consegue perceber tudo. Estamos tranquilos naquilo que a gente planejou. Eu acho que superou a expectativa. AImperatriz está pronta para vir para Avenida no dia”.

Comissão de Frente

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Foto; Alexandre Vidal/Divulgação Rio Carnaval

Patrick Carvalho apresentou a coreografia mostrada desde os ensaios de rua e que teve bom impacto com o público no ensaio do fim de semana anterior. Os Exus mantiveram a performance de interpretação forte, tanto corporal quanto nas expressões de cada componente. A coreografia foi realizada com absoluta sincronia em todas as cabines, assim como o efeito do fogo que é o momento de maior clímax de uma apresentação energizada. Uma comissão que gera bastante expectativa para a apresentação oficial.

Mestre-sala e Porta-bandeira

A cada apresentação, Phelipe e Rafaela mostram que a retomada da parceria em 2022 foi acertadíssima. Desde então, eles mantêm um nível impressionante e não foi diferente neste ensaio, com um desempenho extraordinário nas quatro cabines, aliando leveza, agilidade e precisão. Phelipe é extremamente ligeiro em seus movimentos, um bailado limpo e gingado. Rafaela executa cada giro com muita elegância, e confirma o grande momento de sua carreira. As coreografias com base na letra do samba foram encaixadas com muita inteligência sem colocar o bailado tradicional em segundo plano. Os movimentos no trecho do refrão principal “Oni sáa wúre, awúre, awúre, quem governa esse terreiro ostenta seu adê” são muito bonitos visualmente e transmitem muita força e energia à dança do casal.

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

“Foi maravilhosa a nossa impressão do ensaio da Imperatriz. A gente sabe que quando não tem som a gente fica um pouco distante, mas dessa vez com o som da Sapucaí foi uma experiência muita boa, pudemos ouvir o tempo todo. Sobre a nossa parte a avaliação, antes de tudo, foi importante receber o carinho do público, mais uma vez, a coreografia que a gente apresentou deu para testar tudo, agora é aguardar o grande dia e fazer bonito”, projetou o mestre-sala.

“Agora, com a oportunidade de a gente ter dois ensaios técnicos, deu para avaliar o primeiro e trazer outros movimentos para que a gente possa experimentar e chegue no grande dia com um grau de excelência. Foi um desfile leve que a gente estava proposto a fazer, muito tranquilo para curtir, que hoje é um desfile mais tranquilo que no dia. A gente se prepara muito. Tudo acontece na Avenida e a gente trabalha muito para que tudo aconteça da melhor maneira”, completou a porta-bandeira.

Samba e Harmonia

O conjunto mais impressionante do ensaio da Imperatriz. Assim como o samba de 2024, a obra que a escola defenderá no próximo desfile mostrou uma enorme crescente desde sua escolha e termina este pré-carnaval no apíce de seu rendimento. O samba não só passou sem queda durante o ensaio, como terminou ainda mais forte do que no início, a cada passada o rendimento cresceu. Além da qualidade do mesmo, contribuiu o elogiado carro de som da escola, com Pitty de Menezes mantendo o seu padrão de excelência muito bem acompanhado pelos seus auxiliares. Um banho de harmonia das vozes, alcance e afinação que potencializam a força deste samba. O andamento escolhido também ajudou bastante e a swing da Leopoldina mostrou porque é uma das grandes baterias do carnaval há alguns anos. Mestre Lolo abusou das bossas que seguraram um desempenho quente do samba em todo o ensaio, e se comunicaram muito bem com o público. Lolo falou sobre o seu trabalho.

“Tem todo um trabalho para a repetição dessas bossas, quando o casal entra na cabine a gente vai e faz a bossa para o casal se apresentar também, por isso que tem um número excessivo de bossas. E é gratificante você ver o seu trabalho chegar aqui e ser bem recebido. Semana passada não foi com o som da avenida, mas foi legal. Hoje foi a cereja do bolo. Amanhã (segunda) é a entrega das fantasias da bateria e só esperar o dia do desfile, está tudo pronto”, afirmou mestre Lolo.

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

Em relação ao canto dos componentes, o rendimento foi ainda melhor que no ensaio passado, com o plus do som espalhado por toda a avenida. A Imperatriz cantou em absoluto, mas após o primeiro setor a escola entrou em êxtase, entoando o samba com muita empolgação e sem trechos com irregularidade. Pelo contrário, o canto crescia a cada passo dos componentes. O final foi uma apoteose, com os componentes comemorando o grande ensaio realizado.

“Maravilhoso! Imperatriz está pronta. Imperatriz está pronta pra conquistar sua décima estrela. Sua comunidade tá muito feliz. A comunidade tá cantando muito. O mundo do samba está cantando com a Imperatriz. E hoje a Imperatriz só mostrou o que a gente vem fazendo em nossa quadra, na rua, lá na Euclides Farias. Agora, é colocar em prática domingo que vem”, comentou o intérprete Pitty de Menezes.

Evolução

A escola flutuou na pista e apresentou uma evolução muito solta, empolgando o público presente. Mesmo com várias alas coreografadas, a Imperatriz não passa a sensação de uma escola presa ou lenta, tudo flui naturalmente e a escola não desperdiça um metro de Sapucaí sem brincar ou cantar forte. O primeiro setor é menos explosivo com alas coreografadas e uma ala de senhoras, mas puxa uma evolução tranquila.

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

Após a passagem do primeiro setor, o que se viu foi uma escola quicando na pista, algumas alas em transe, como a bonita ala representando oxum. Uma evolução fortíssima sem apressar o compasso da verde e branco, mantendo seu ritmo agradável e pulsante, e principalmente, mostrando uma escola que brinca na avenida. A Imperatriz hoje não apenas ensaia, ela se celebra.

Bateria e Outros Destaques

Uma bateria “Swing da Leopoldina” (SL) da Imperatriz Leopoldinense com uma afinação de surdos privilegiada, fazendo ressoar o ótimo balanço dos surdos de terceira, inclusive em bossas. A parte de trás do ritmo contou com repiques coesos que tocaram junto de um naipe de caixas de guerra talentoso. Atabaques e agogôs de duas campanas também se fizeram presentes na cozinha da bateria “SL”, auxiliando em ritmo e também em bossas. Na cabeça da bateria da Rainha de Ramos, uma boa ala de cuícas tocou com consistência. Um trabalho bem entrosado de chocalhos técnicos e tamborins acima da média encheu de brilho sonoro as peças leves. Bossas intimamente ligadas ao que o belo samba da escola solicitava foram apresentadas. Uma conexão louvável com o enredo de matriz africana da escola na criação musical dos arranjos merece menção. Uma bateria da Imperatriz que aguarda ansiosamente o momento de entrar na pista e exibir seu potente trabalho.

A presidente Cátia Drummond veio bastante empolgada à frente da escola chamando o público para participar com a Imperatriz. A ala de passistas desfilou com as mulheres simulando uma cabeça raspada, num bom efeito e uma bonita roupa. Outra ala de destaque foi a que representava Oxum, pela beleza da indumentária e pela energia
transmitida em sua evolução.

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