Por Luiz Gustavo
A Independente da Praça da Bandeira foi a décima terceira escola a desfilar na Série Prata já no amanhecer deste sábado. A impressão final é de que a escola pode ficar na rabeira da tabela. A escola cometeu alguns erros em diferentes quesitos e o samba não rendeu. Com o enredo “Pindorama, da utopia das visões do paraíso ao progesso da terra Brasílis”, a escola entrou sem uma ala prevista, e teve uma evolução irregular, mas conseguiu completar o desfile dentro do tempo.
Comissão de frente
A comissão representava a exploração dos europeus diante dos povos ameríndios, eram 10 componentes vestidos de fidalgos europeus e dois componentes representando os povos explorados. A coreografia era divertida e foi bem realizada, no entanto nas duas primeiras cabines adereços que ficavam no pescoço dos componentes se soltaram durante a apresentação.
Mestre-sala e porta-bandeira
O casal Wellington Jr. e Janalice realizou apresentação correta nos três módulos, sem maiores deslizes mas também sem um maior brilho.
Alegorias e fantasias
Plasticamente a escola teve como destaque as fantasias do segundo setor, “visão do paraíso”, fantasias com bom colorido e adereços volumosos de cabeça. Já as alegorias estiveram abaixo em termos de concepção e acabamento.
Enredo
O enredo foi bem desenvolvido pela dupla de carnavalescos Ricardo Paulino e Walter Guilherme, principalmente na clareza com que os detalhes das fantasias relatavam o que está sendo apresentado, porém a ala dos jesuítas que viria antes do segundo casal não entrou, o que prejudicará a escola nas notas do quesito.
Samba-Enredo
O samba da Praça da Bandeira teve um desempenho mediano, o carro de som comandado por Diego Nascimento teve alguns desencontros e o samba não teve uma sustentação constante durante todo o desfile.
Harmonia e Evolução
Ambos os quesitos foram regulares, algumas alas cantando bem, outras praticamente mudas na avenida. A evolução teve alguns espaçamentos entre as alas, sem nenhum buraco mais claro em frente aos módulos de jurados.