Com o enredo “Lugar de Mulher é onde ela quiser”, o Império Serrano encerrou a primeira noite de desfiles da Marquês de Sapucaí. A escola da Serrinha, que abordou temáticas como o empoderamento feminino e a trajetória de mulheres guerreiras, trouxe um tripé nomeado de “Poderosas, operárias e ovelhas negras”. O tripé foi uma forma de representar o período histórico marcado por lutas, protestos e reivindicações feministas. O site CARNAVALESCO conversou com alguns componentes sobre a representatividade do tripé.
Com um tamanho um pouco maior do que o esperado, o tripé tinha a predominância das cores rosa e preta, engrenagens na lateral, e ovelhas com os seios à mostra, além de megafones e a representação da Rita Lee, que compôs uma música de nome ovelha negra.
Monalisa Faustino, que desfila há cinco anos na escola, veio na ala à frente do tripé, e se sentiu representada. “Esse enredo é maravilhoso, fala sobre a minha vida, tem tudo a ver comigo, mais uma vez o Império me colocou em uma ala que representa a minha vida, eu trabalho em dois empregos e vim com uma carteira de trabalho, na frente de um carro super empoderado, quem disse que mulher não é valente?”, questiona.
Já Déia Batista, que desfila no Império há 33 anos, acha que o enredo não foi dos melhores, mas mesmo assim viu no carro uma semelhança com a sua vida. “Eu tinha que estar lá em cima, minha mãe vivia dizendo que não me aguentava, que eu era a ovelha negra da família”, conta. Para ela, a mulher está conquistando o seu espaço, mas ainda fala muita coisa.