Compositores: Arlindinho Cruz, Sidney Myngal, Maykon Rodrigues, Júnior Diniz, Alexandre Rivero e Felipe Mussili
Intérpretes: Emerson Dias e Lucas Donato
Serrinha, piso forte em seu terreiro
Nessa roda de jongueiro, canto minha ladainha…
Laroyê! Sentinela abre o jogo!
Que Ogum guarde meu corpo
E me livre do ticum!
Eu sou Besouro! Dono do cordão de ouro!
Da “navalha” de caboclo
Mangangá que mata um!
Meu sangue é justiceiro
Ginga, minha essência quilombola
Nêgo valente mandingueiro
Mestre mandou entrar na roda!
Ê, camará! Vacilou, leva rasteira!
Meia-lua de compasso, me esquivo da ponteira!
Respeite o meu quintal!
Dou martelo, dou tesoura, etcetera e tal…
Mesmo perseguido, defendi os excluídos
Combati a opressão
E num ato covarde fui vencido
Chorou o berimbau a traição…
Hoje sou chama que o ódio não apagará!
Reizinho, salve os heróis da liberdade!
Ser imperiano é diferente!
Tem que respeitar a nossa patente!
Joga, capoeira! O Império que chamou!
Ginga, capoeira, no balanço do agogô!
Sou resistência, raiz do meu lugar!
Pouca coisa aqui não vai me derrubar!