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Imperatriz Leopoldinense exalta Oxalá em desfile marcante no Carnaval 2025

A Imperatriz Leopoldinense levou para a avenida um desfile que celebrou a cultura africana e a soberania de Oxalá, o Senhor de Ifón. Com o enredo “Ómi Tútú ao Olúfon – Água Fresca Para o Senhor de Ifón”, desenvolvido pelo carnavalesco Leandro Vieira, a escola de Ramos apresentou uma alegoria grandiosa que reverenciou o Orixá em seu trono, cercado por sua corte e elementos simbólicos que remetem à pureza e ao poder divino.

O abre-alas da escola trouxe uma representação imponente do reino de Oxalá, com esculturas de elefantes, marfins e atabaques, que simbolizam a força e a ancestralidade africana. Vitor Rangel, diretor de alegoria da Imperatriz, destacou a importância do Itã escolhido para o desfile. “A grande importância desse Itã foi a viagem que Oxalá fez para o reino de Oió. E esse primeiro carro é a representação do reino de Oxalá, que representa toda a pureza, todo o poder e importância de Oxalá, não só para o nosso enredo, mas para toda a cultura de matriz africana”, explicou.

Vitor

Irineu Nogueira, destaque da alegoria, representou o Pai de Todos os Orís e ressaltou a relevância do enredo para os dias atuais. “O enredo representa tudo o que está acontecendo hoje no Brasil. Estamos trazendo um pouquinho das águas que estão limpando, tirando tudo o que não presta”, afirmou o coreógrafo e professor, que veio diretamente da Alemanha para desfilar na escola. Sentado em um trono à frente da alegoria, Irineu performou a dança lenta do Orixá, acompanhado por atabaques que ecoavam uma sonoridade de paz e tranquilidade.

“O Obí é uma dança lenta tocada para o nosso grande Oxalá. Aqui nós temos uma representação muito africana, não muito parecida com os que tocam no Brasil, eles têm feições africanas. Esses atabaques tocam uma sonoridade de paz para todo mundo. Representa uma sonoridade que diz ‘tenha calma’, ‘siga em frente’, ‘trabalhe’, ‘as coisas vão acontecer'”, declarou.

O desfile da Imperatriz Leopoldinense foi uma verdadeira imersão na cultura e na espiritualidade africana, celebrando a ancestralidade e a resistência de um povo.

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