Intérprete Igor Vianna diz que, em grande maioria, as comunidades foram esquecidas pelas agremiações e o governantes não abraçam o carnaval. Ele conversou com a coluna “Espaço do Sambista”, publicada toda sexta-feira no jornal MEIA HORA.
O que é ser intérprete de uma escola de samba?
Igor Vianna: “É representar um sonho. Ajudar a uma comunidade inteira a extravasar sua alegria e expulsar todos os males que ela carrega um ano inteiro”.
Por que o samba-enredo só respira na bolha dos sambistas?
Igor Vianna: “Infelizmente, ainda é visto como coisa de vagabundo. Os governantes não reconhecem como a maior fonte de cultura e renda do país”.
Seu grito de guerra fala de macumba. Sente preconceito com religião de quem é de fora do carnaval?
Igor Vianna: “Não. Assim como as outras religiões se fazem presente no nosso dia a dia, procuro de uma forma alegre e respeitosa, estar sempre levantando a bandeira de Oxalá”.
Por que as comunidades hoje participam mais do funk do que das escolas de samba?
Igor Vianna: “Acho que é porque, em sua grande maioria, as comunidades foram esquecidas por suas agremiações”.