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Hoje o sol nasceu mais cedo pra te ver! Baterilha homenageia maestro e executa bossa inovadora na Sapucaí

A União da Ilha foi a oitava e última escola a se apresentar no primeiro dia de desfiles da Série Ouro na Marquês de Sapucaí, já na manhã de sábado. O enredo, “BA-DER-NA! Maria do povo”, se debruçou sobre a história da bailarina italiana Marietta Baderna, que viveu grande parte da vida no Brasil e, ao ficar associada às lutas populares, vinculou seu sobrenome injustamente à balbúrdia e confusão. Coração pulsante da escola, a Baterilha encarnou a Orquestra Nacional Brasileira.

“A bateria da Ilha vai homenagear o maestro Giannini, fundador da primeira Orquestra Brasileira, a Orquestra Nacional Brasileira, e marido da nossa homenageada Marietta Baderna A bateria vem fantasiada de orquestra, de banda. Eu vi na apresentação do enredo que, além de estar homenageando o maestro, a bateria referencia também a festa popular, que a Marietta saía com o povo fazendo uma banda fanfarra”, disse o mestre de bateria da escola, Marcelo Santos.

Um dos pontos altos do desfile foi a realização, pelos ritmistas, de uma marcante bossa na Sapucaí, que misturou instrumentos de orquestra, como lira, prato e bumbo, à clássica cadência do samba.

“A bateria hoje vai se tornar uma grande orquestra na Sapucaí. Vai ser uma grande orquestra de 240 ritmistas. Vamos fazer uma bossa justamente que vai lembrar bem uma apresentação de uma orquestra em toda cabine de jurado. A gente vai fazer essa junção. Ela vai começar com a bateria tocando, do nada a bateria para, a banda entra e depois as duas vão tocar junto, fazendo uma grande confraternização de ritmos para fazer essa grande homenagem ao samba e também à banda fanfarra em homenagem ao maestro Giannini”, prometeu Marcelo, pouco antes de entrar na avenida.

marcelo

O artifício agradou não só ao público, como aos próprios ritmistas, em suas diversas origens e perspectivas.

“A bossa é de bandinha. O nosso mestre misturou todas as etapas de instrumentos que correspondem à banda. Eu não vou contar direito, porque vai ser surpresa para vocês. Vocês vão ver na realidade lá na frente e vão ficar emocionados”, garantiu a professora do Ensino Fundamental Fátima Tavares, a Fafá do Chocalho, de 67 anos. Com longa trajetória carnavalesca, Fafá já foi coreógrafa de ala da comunidade e caiu na bateria, em suas palavras, por um descuido, ao experimentar de forma despretensiosa tocar um instrumento.

“Fui pra escolinha para curtir. Eles acharam que eu tinha ritmo, fui fazendo teste e consegui entrar para bateria. Eu sou ritmista da Baterilha há exatamente 8 anos”, relembrou.

fatima

“Esse ano a gente vai fazer uma bossa misturando instrumentos de orquestra que quem esteve aqui no ensaio técnico viu que saiu pegando todo mundo”, afirmou o jovem Erick da Paixão, de 22 anos, há 7 anos na Ilha. Erick é insulano e trabalha em uma pizzaria com atendimento ao cliente.

“A sensação de tocar em uma bateria é incrível. É um sonho para todo mundo, ainda mais para as pessoas que olham a bateria passando e pensam ’um dia eu quero estar lá, um dia eu quero desfilar’. Eu comecei a assistir uma final do samba-enredo em 2018, 2018 para 2019. De lá, gostei. Comecei a procurar informações sobre as escolinhas de bateria da ilha. Comecei a fazer a escolinha, depois eu subi. Estou aqui até hoje. É uma bateria que tem muita história e muita tradição. A ilha para mim é tudo”, contou Erick.

Erick

“Fazer parte de uma bateria é muito mágico. As pessoas que veem de fora não entendem o sentimento. Só quem está dentro sabe como é a emoção de ver tanta gente assim vendo o trabalho de tanto tempo sendo realizado. Ser uma menina em meio a tantos homens crescidos é bem desafiador, não é o comum de se ver, mas tem que ser normalizado. Todo mundo pode fazer o que quiser e todo mundo deve experimentar coisas novas. Eu, principalmente, adorei vir para a escola de samba. É um lugar muito acolhedor para mim”, finalizou a estudante de 16 anos Laura de Andrade, cuja primeira experiência como ritmista se deu em 2022, pela Lins Imperial.

Laura

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