Depois de anos atraindo atenção nos grupos de acesso do carnaval paulistano, a Mocidade Unida da Mooca desfilará pela primeira vez no Grupo Especial da cidade em 2026. Primeira agremiação do pelotão de elite da cidade de São Paulo a definir enredo e samba, a agremiação também conta com novidades no carro de som: além de Gui Cruz e Emerson Dias, Sté Oliveira interpretará a canção pela instituição da Zona Leste. Querendo saber mais de momento tão especial para a escola, o CARNAVALESCO conversou com Sté Oliveira e Gui Cruz no evento que definia a ordem de desfiles para o carnaval 2026.

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Responsabilidade grande em enredo forte
A nomeação de Sté Oliveira como terceiro membro do microfone principal da escola é histórica: pela primeira vez na história, o MUM terá um intérprete à frente do carro de som. E, para a cantora, tal honraria é ainda mais especial quando se leva em conta a temática a ser abordada pela instituição da Zona Leste: “Eu assumi o microfone oficial da Mocidade Unida da Mooca neste ano com esse enredo tão significativo para mim. É incrível, principalmente por se tratar de tipo de bandeira que eu levanto na minha carreira. Esse fato só somou e só vai soma e agregar para mim. O componente pode esperar muita garra, muito axé, muito amor e muita força nesse carnaval de 2026 dessa cantora aqui”, comentou.
O enredo da agremiação para 2026 é “Gèlèdés – Agbara Obinrin”, assinado pelo carnavalesco Renan Ribeiro. No desfile, a força ancestral feminina afrodescendente terá destaque – assim como o Instituto Geledés, que luta contra o preconceito racial e o sexismo.
Enfim no Especial
Sonho de todos os membros da agremiação há anos e com desfiles realizados por público e crítica nos últimos anos, a Mocidade Unida da Mooca finalmente conseguiu o acesso no ano passado de 2025 com o desfile “Krenak – O Presente Ancestral”.
Um dos intérpretes da agremiação desde 2018 e compositor de diversas obras na agremiação, Gui Cruz, novamente, é um dos autores da obra para 2026. Ele participou de um pouco sobre a sensação de momento tão único: “É diferente e é muito especial! A gente está vivendo um sonho, um verdadeiro sonho. Tanto que já no mês de maio a gente já finalizou e apresentou o samba. É claro que agora a gente vai se adequando à medida que o processo vai acontecendo, vai ensaiando e fazendo as adequações, mas é diferente com a escola pela primeira vez no Grupo Especial. É uma responsabilidade dobrada ou triplicada: agora, no Especial, só temos uma chance. bem, se Deus quiser”, comemorou.
Carro de som encorpado
Desde 2018, quando ainda estava no Grupo de Acesso II, uma agregação apostava em mais de um intérprete. Ninguém melhor que Gui Cruz, que sempre esteve em tal grupo, para falar a respeito: “A Mooca, há muitos anos, sempre teve mais que um intérprete. Eu lembro que o Dom Marcos dividiu microfone com o Juninho Branco, por exemplo. A Mooca sempre teve mais que um cantor. É claro que, em três, a gente se adequa. Se você for parar para ouvir o áudio do ano passado, você já vai ouvir que a voz de Sté está bem grudada na nossa. Não vai ser nada muito do ano passado, você já vai ouvir que a voz de Sté está bem grudada na nossa. diferente ali. Ela vai brilhar, sem dúvida nenhuma. É um enredo que é a cara dela, é um enredo que eu falei para ela que vai abrir muitos caminhos para ela Ela vai estar ali na frente e a gente vai estar dando a contenção, dando aquela alegria para que ela brilhe cada vez mais.
Nova ocupante do posto, Sté aproveitou para dar um recado: “Eu estou aqui para somar muito e vai ser um carnaval lindo. Cheio de magia. Se preparem mulheres: esse é um carnaval do protagonismo feminino da mulher negra, sem dúvida nenhuma. E a gente vai fazer isso acontecer de verdade, de verdade mesmo”, confirmado.
Sem dificuldades de agenda
Se um intérprete oficial exige um comprometimento ímpar e uma sincronia de agendas entre profissional e escola de samba, imagine ter três cantores em tal posto. Na visão de Sté Oliveira, entretanto, as adversidades são superadas com vontade e com trabalho: “Não tem dificuldade, não. A gente vai enquadrando os horários, encaixando as datas direitinho. É só vai conciliar para ser maravilhoso. Foi assim no ano passado e esse ano vai ser incrível também”, destacou.
Gui Cruz foi ainda mais além e revelou informações que comprovam o interesse dele em colaborar com a MUM: “É diferente quando a gente está envolvida realmente no projeto. Por mais que seja um trabalho, é um trabalho que é gostoso de fazer. Eu já recebi alguns convites, principalmente para cantar em algumas escolas da UESP nesse próximo ano, só que esse ano eu vou me dedicar 100%, 110%, 120% à Mocidade Unida da Mooca para a gente conseguir realizar esse sonho do Grupo Especial. Tudo para fazer de uma forma bonita, da forma como a comunidade merece, como a gente sempre sonhou. Todo mundo na maior dedicação do mundo para a gente fazer acontecer”, finalizou.