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Gaviões da Fiel demonstram amadurecimento do nível de desfile durante último ensaio técnico

Por Matheus Mattos. Fotos: Felipe Araújo/Liga-SP

Os Gaviões da Fiel entraram na avenida nesta quinta-feira para realizar seu último técnico para o carnaval de 2020. Canto da escola e comissão de frente, mais uma vez, se destacaram na noite. Momentos antes do início do samba do ano, o presidente Digão citou eliminação recente do Corinthians e pediu vontade aos componentes.

“Hoje era pra ser um dia especial se o Coringão tivesse se classificado. Quem assistiu ao jogo, viu que não faltou vontade, não faltou raça. Hoje nós representamos 30 milhões de torcedores, e aqui não vai faltar vontade, não vai faltar raça. Vamos acreditar”, finalizou.

Após o ensaio técnico da escola, o diretor de carnaval, Márcio Rodrigues, conversou com o site CARNAVALESCO sobre treino e garantiu evolução em comparação aos primeiros. A escola encerrou o treino com 61 minutos e 2.200 componentes.

“Sem dúvida alguma foi o melhor, disparado. Observamos que os componentes desfilaram com mais naturalidade, mais soltos. O nosso segundo ensaio fomos muito prejudicados pela chuva, e por isso a escola estava pequena. Hoje já viemos com um contingente legal, cerca de 90% do que vão pra avenida”, declarou.

Comissão de frente

A ala evoluiu com um enorme tripé, ainda na madeira, mas com partes tampadas por plástico. A comissão traz duas coreografias, separados entre 28 e 30 bailarinos. Como o regulamento só permite a apresentação de 15, o restante se esconde dentro do elemento. A coreografia é trabalhada com casais, e eles tem passos que demandam domínio de entrosamento. Durante a execução do refrão principal, os componentes trocam de posições. O coreógrafo Edgar Júnior acompanhou o trajeto com um cronômetro pendurado ao pescoço.

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Samba-enredo

O carro de som fez um desfile correto e bastante seguro. Os cantores valorizaram a sustentação do canto e afinação, tendo poucos momentos de variações vocais. O intérprete Ernesto Teixeira pedia empolgação e animação dos desfilantes nos momentos dos cacos.

Da mesma forma dos intérpretes, as cordas também optam pela sustentação do samba. Porém, nota-se trechos com arranjos, como o pequeno solo no “numa doce ilusão, vou mergulhar”, e a rápida palhetada das cordas antes do trecho: “Canta Gaviões”.

Mestre-sala e Porta-bandeira

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O primeiro casal, Wagner Lima e Gabriela Mondjian, bailou seguindo passos clássicos, valorizando cada movimento e dando a atenção devida as pausas após as execuções. Por conta da chuva que antecedeu, e também apareceu durante o treino, a dupla optou por dançar com tênis que evite quedas. Já na vestimenta, o mestre-sala fugiu do preto e utilizou um blazer prata e colete branco. Gabriela evoluiu com um vestido preto.

Harmonia

Assim com nos últimos ensaios, mesmo o no qual choveu forte, a escola trouxe um canto forte e linear, sem alterar o volume entre as alas. O setores são bem distribuídos, e isso faz com que em todo trecho exista um equilíbrio entre a ala que valoriza o canto e a ala mais coreografada. O samba tem letras fáceis e melodia com poucos riscos, e isso faz com que se torne claro a pronúncia de cada palavra.

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Evolução

A primeira surpresa do ensaio foi a ausência dos diversos tripés presentes nas alas. Para demarcar o espaço, os integrantes seguravam cordas com os então integrantes do elemento cenográfico. No geral, a escola apresentou alguns pontos a serem observados até o desfile oficial. No momento em que a ala 12 passava em frente ao recuo, algumas alas aceleraram o andar. Assim como aconteceu quando a alegoria 4 passava ao lado da torre 04, em que acelerou mais que o normal e ala detrás teve que corrigir, também acelerando as alas seguintes.

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No caso da entrada da bateria no recuo, a escola apresentou uma boa organização. A ala 11 trouxe integrantes com sinalizadores nas mãos durante o trajeto, e ocasionou um efeito visual positivo ao treino. A escola aposta em alas coreografadas, mas que não saem do lugar pra evoluir.

Bateria

A bateria do Mestre Ciro Castilho tem um andamento firme, desenhos de leves que seguem a proposta do hino do ano. A batucada traz diversas bossas, mas a do refrão do meio, mais especificamente que entra no trecho “Quantos sentimentos me levam”, tem frases de caixa que modificam a cara da paradinha.

Outro ponto que merece destaque nos Gaviões é o naipe de timbal. O instrumento traz desenhos no samba, é importante nas bossas e, na subida do tamborim, preenche o vazio até o carreteiro com uma levada característica da agremiação. Pelo excesso de fumaça proporcionada pela torcida no setor B, alguns ritmistas sentiram a dificuldade para enxergar, e isso refletiu na passagem.

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Outro destaque

A arquibancada do setor B recebeu um grande festa da torcida. Finalizadores, fumaças, fogos e bandeiras estiveram presentes no momento em que a bateria passava à monumental.

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