Em entrevista ao CARNAVALESCO, o presidente da Liesa, Gabriel David, compartilhou os planos da Liga para o Carnaval de 2026 e ressaltou a importância da antecipação de datas e definições para melhorar o desempenho das escolas de samba na Marquês de Sapucaí. Segundo ele, a definição prévia da ordem dos desfiles e do lado da concentração influencia diretamente o projeto das agremiações, especialmente no que diz respeito às alegorias.
“Facilita o planejamento, melhora o treinamento da escola de samba. A gente vem para o sorteio e o público vem preocupado para saber a ordem das escolas. Acho que, mais preocupadas com a ordem, estão preocupadas com o lado que vão se concentrar. Isso muda radicalmente o projeto, principalmente das alegorias das escolas”, explicou Gabriel.
Com a ordem dos desfiles definida com antecedência, o presidente acredita que as escolas podem iniciar seus projetos com mais consistência desde cedo.
“A gente antecipando, permite que as escolas — como, por exemplo, a Tuiuti, que já escolheu seu enredo — entre outras que ainda não divulgaram, já possam começar esse trabalho com os carnavalescos, com os projetistas, os desenhistas. Para que o carnaval do ano que vem seja ainda melhor apresentado do que esse”.
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Sobre a antecipação de outros eventos carnavalescos, Gabriel foi mais cauteloso. Segundo ele, não há previsão para antecipar ações como os minidesfiles e eventos na Cidade do Samba.
“Acredito que não. Por exemplo, a gente quer adiantar o lançamento dos sambas-enredos. O Dia Nacional do Samba, que tem os desfiles aqui na Cidade do Samba, continuará o mais próximo possível da data oficial da comemoração, no dia 2 de dezembro.”
Ainda falando sobre os sambas-enredos, Gabriel destacou uma importante mudança no cronograma.
“As escolas têm uma data limite, até o dia 28 de setembro, para fazer essas finais de samba, porque só assim a gente consegue lançar os sambas com mais antecedência e permitir que a gente tenha pelo menos três meses cheios para trabalhar esse samba nas plataformas digitais, tendo um alcance ainda maior do que as escolas vêm tendo nos últimos anos”.
Outro ponto em discussão é a realização dos ensaios técnicos, que estão passando por uma reavaliação para que se tornem mais eficazes. A ideia é manter, pelo menos, dois ensaios por escola, mas com melhorias estruturais e técnicas.
“A gente ainda está no processo de discussão sobre isso. Na parte de produção, impacta som, luz, uma série de outros fatores. Agora, estamos em um processo natural de discussão, de melhorias — como o som, por exemplo, que a gente tanto falou durante o carnaval — para entender qual vai ser o melhor formato para o ano que vem. Mas a ideia é que as escolas tenham pelo menos dois ensaios técnicos”.
