Em seu primeiro mandato como vereador, Felipe Pires (PT) é o responsável pela criação da Frente Parlamentar em Defesa do Carnaval. Em entrevista ao CARNAVALESCO, ele contra que almeja Projetos de Leis que possam garantir investimentos e subsídios que possam ser utilizados na maior festa da cultura brasileira, responsável por girar boa parte da economia do país. Vereador Didi Vaz (PSD), vice-presidente da Frente Parlamentar, também participa ativamente das discussões em prol do carnaval.
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“Vou propor projetos de lei que podem mudar essa realidade, como, por exemplo, um que obriga a liberação da entrada de comidas e bebidas na Sapucaí. Quero lutar contra a elitização da festa, criar mecanismos para que as pessoas tenham conforto, mantendo a característica popular do evento”, disse Felipe Pires.
Um dos principais pontos será a definição de datas durante o ano para o pagamento da subvenção da Prefeitura do Rio para escolas de samba. Assim, todas vão ter a previsibilidade de pagamento para compra de materiais para os desfiles.
“Queremos uma interlocução com o governo municipal, mesmo sem o Projeto
de Lei pronto, sobre a subvenção do dinheiro, para que todo dinheiro investido pelo poder público possua um calendário estipulado e seja recebido a tempo para que as escolas possam planejar seu carnaval”, afirmou.
Sobre a criação da Escola Municipal do Carnaval, Pires conta que seu objetivo é: “A geração de empregos, a formação de profissionais da cadeia criativa que movimenta o carnaval, contemplando artesãos e costureiras, para que possamos acabar com a precarização do trabalho, garantindo a formação legal dessas pessoas que já atuam na área. Qualificar e ampliar as opções no mercado. Hoje, o carnaval do Rio de Janeiro é exportado para o mundo e para outras cidades, como São Paulo e Belo Horizonte”.
Estrutura para os ensaios de rua
O vereador também comentou sobre outros planos que deseja implementar, voltados à infraestrutura no pré-carnaval: “É preciso garantir verba para os ensaios de rua das escolas do Rio de Janeiro, assegurando uma estrutura mínima: banheiros químicos em número suficiente, pontos de hidratação, ambulâncias, gradis de contenção e horários de transporte público estendidos para atender aos foliões. A regulamentação dos blocos de rua periféricos também está nos meus planos. Estou confiante de que ainda teremos muitas conquistas neste ano”.
O vereador ainda citou a necessidade de profissionalização dos julgadores dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro.
“Acho que precisamos discutir a profissionalização de quem julga o carnaval. Esse profissional precisa ter um salário garantido durante todo o ano, para que possa ter um currículo compatível com a função, além de garantir seriedade e responsabilidade no julgamento — afinal, trata-se da vida de pessoas que trabalham o ano inteiro em prol dessa festa”, encerrou Felipe Pires.