De volta ao Tuiuti depois de passagens por Mocidade Independente e Unidos da Tijuca, o carnavalesco Jack Vasconcellos, vice-campeão com a escola em 2018, comentou o processo de trabalho a partir de um samba produzido sem disputa.

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“Acho que facilita no sentido de que a gente tem acesso a letra mais cedo. Então, alguma coisa do projeto em termos de visual, a gente tem tempo de adaptar ou tem tempo de fazer alguma coisa que encaixe com a letra caso apareça algum gancho bacana. Então, ter um intimidade maior com a letra antes é bem bacana. Ela não vai e volta muito quanto as pessoas pensam porque eu também não gosto de ter uma interferência muito grande na liberdade do compositor. Meu papel é tentar deixá-lo no norte que a gente vai seguir em termos de narrativa de enredo mesmo. Eu procuro não interferir”.

Jack também comentou sobre como pretende realizar o desenvolvimento do carnaval 2024 e se há alguma semelhança com o processo de 2018.

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Jack com o filho do homenageado João Cândido. Fotos: Nelson Malfacini/CARNAVALESCO

“É um desfile em homenagem a um grande herói brasileiro. E o desfile foi montado e está sempre sendo pensado pra gente saudar essa figura histórica brasileira. O que não pode faltar é uma ‘intimidade emocionada’, se você consegue me enteder. É uma homenagem feita de coração, não só uma observação de um fato histórico. Há uma intimidade, um nivelamento em relação ao João Cândido, porque ele representa o povo brasileiro. É uma coisa de espelho. O ano de 2018 é engraçado porque foi uma resposta que a gente teve de público que a gente não contava de início. Acho que o povo percebe quando a coisa é feita de coração. Não tem nenhum outro intuito por baixo. A gente fez realmente aquilo que a gente queria muito, e era de verdade. Se tem alguma semelhança com 2018, é isso. É um enredo feito com muita verdade e vontade, e a gente quer muito falar de João Cândido, sobretudo por esse momento que o Brasil está atravessando”.

Sobre o primeiro contato com a obra, Jack revelou que o samba mexeu com o artista desde o início. “Fiquei emocionado e isso é bom (risos). É legal, porque logo em uma primeira audição, o samba já falar com você , é muito legal, me tocou muito. Ele cumpre a função de explicar o enredo, é poético, é de fácil entendimento, vai ajudar muito para explicar a parte visual”.

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Adalberto Cândido, filho caçula de João Cândido, esteve presente na quadra e falou com o site CARNAVALESCO. “É uma satisfação muito grande para mim, para a minha família, para todos os admiradores do meu pai, por ele ser reconhecido e já pelo povo. Meu pai é um herói popular. É bom ele ser reconhecido pelo povo brasileiro. E no desfile, a emoção vai vir na hora, na hora que entrar no sambódromo, não é para qualquer. Se Deus quiser estarei desfilando com minha família e amigos”.

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