O segundo dia de desfiles da Série A, como esperado, teve uma disputa bem acirrado e coloca a Estácio de Sá e o Cubango como grandes favoritas ao título da Série A. A apuração acontece na quarta-feira de cinzas. As duas agremiações apresentaram um show de bom gosto nos seus conjuntos de alegorias e fantasias. A vantagem é da Estácio, segundo a equipe do site CARNAVALESCO, que teria cometido menos erros passíveis de descontos dos jurados. Porém, o Cubango pela criatividade pode igualar o resultado. Enfim, a briga deve ficar entre o morro de São Carlos e o do Cubango.
É válido apontar também que o Império da Tijuca realizou um grande desfile, o que não fazia desde 2014, quando esteve no Grupo Especial. A escola do morro da Formiga é forte em quesitos e pode surpreender na apuração. Tão esperado no favoritismo a Porto da Pedra começou muito bem, mas acabou errando e adiou o sonho de voltar ao Especial em 2020.
Impossível é apontar qual agremiação será rebaixada. Não tivemos erros absurdos e tragédias nos desfiles. Quem mais deve sofrer na apuração é a Santa Cruz, Alegria da Zona Sul e Rocinha. Mas, a certeza não existe, já que todas cometeram erros e terão décimos descontados.
Veja abaixo como foi cada desfile no sábado da Série A
BANGU: A Unidos de Bangu teve pelo segundo ano consecutivo a missão de abrir os desfiles da Série A, deste sábado, porém dessa vez a agremiação da Zona Oeste surpreendeu e fez um desfile compacto e organizado, mas pecou em enredo e no acabamento das alegorias. A escola contou com a estreia do carnavalesco Alex de Oliveira apresentando o enredo “Do ventre da terra, raízes para o mundo”. A vermelho e branco esqueceu de vez o desfile do ano passado que lhe rendeu o penúltimo lugar. * SAIBA AQUI COMO FOI O DESFILE
RENASCER: Depois de alguns desfiles abaixo da sua média nos últimos anos, a Renascer de Jacarepaguá voltou a mostrar força na noite deste sábado, na Marquês de Sapucaí. A vermelha e branca do Largo do Tanque talvez não dispute o título. Plasticamente não apresentou carros ou fantasias que impressionasse, mas além de ser digna e clara neste aspecto, contou com uma parte musical excepcionalmente bem entrosada. Diego Nicolau, seu carro de som, e bateria da escola, agora comandada pelo mestre Junior Sampaio, mantiveram as ótimas apresentações vistas recentemente. Pena a pouca adesão dos componentes no canto, um dos pontos frágeis do desfile. A Renascer terminou o seu desfile com 55 minutos. O enredo, desenvolvido pelos carnavalescos Raphael Torres e Alexandre Rangel, prestou homenagem a Iemanjá. * SAIBA AQUI COMO FOI O DESFILE
ESTÁCIO: Apontada como favorita no pré-carnaval, a Estácio de Sá entrou na Avenida com a pressão de corresponder às expectativas criadas entorno do seu desfile, e não desapontou. Com uma comissão de frente impactante, um casal entrosado, harmonia e evolução corretas, além de uma plástica muito bem resolvida, a Estácio saiu da Sapucaí com a mão na taça, e encerrou a sua apresentação com 54 minutos. * SAIBA AQUI COMO FOI O DESFILE
PORTO DA PEDRA: O relógio marcava 01h30 neste domingo de carnaval, quando Luizinho Andanças iniciou o samba da escola de São Gonçalo de 2019. A comunidade foi protagonista mostrando que o Tigre é sim uma das favoritas ao título, mas o quesito evolução pode tirar seu sonho de ir para o Grupo Especial. Com duração de 52 minutos, a força dos componentes e a emoção do enredo tomaram conta do desfile. Ponto alto também para o casal de mestre-sala e porta-bandeira que arrancou aplausos do público presente. * SAIBA AQUI COMO FOI O DESFILE
IMPÉRIO DA TIJUCA: Mesmo com um samba contestado, o Império da Tijuca surpreendeu nos quesitos de chão e fez seu melhor desfile em harmonia desde o “Batuk”, em 2014. A ousadia dos mestres Julio, Jordan e Paulinho à frente da Sinfonia Imperial, aliado a uma ótima performance de Daniel Silva, foram fundamentais para o sucesso da apresentação. A comissão de frente de coreografia visceral foi outro grande destaque da escola. * SAIBA AQUI COMO FOI O DESFILE
CUBANGO: Contando sobre a alma das coisas, o Cubango tocou a alma dos presentes na Sapucaí, depois de um carnaval muito bem visto aos olhos da mídia especializada em 2018, Gabriel Haddad e Leonardo Bora, carnavalescos da escola, apresentaram uma proposta que rendeu um excelente desfile, beirando à perfeição. Com o enredo “Igbá Cubango – a alma das coisas e a arte dos milagres”, a Verde e Branco de Niterói finalizou os desfiles da Série A como uma das grandes favoritas. O espectador do desfile viu em cada ala, objetos do dia a dia da fé brasileira, o que fez com que o enredo ficasse claro. Além de ser conduzido por um carro de som bom, o samba emocionou o componente e conseguiu fazer com que eles evoluíssem com garra e alegria. A agremiação de Niterói iniciou seu desfile às 03:25 e finalizou com 54 minutos, os quesitos foram muito bem apresentados, exceto por coisas pontuais, estes que serão detalhados na análise abaixo. * SAIBA AQUI COMO FOI O DESFILE