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Evoluiu! Nenê de Vila Matilde mostra força do canto da Zona Leste

Elegância do casal e o desempenho da “Bateria de Bamba” merecem um destaque especial

Por Gustavo Lima e fotos de Will Ferreira (Colaboraram Lucas Sampaio, Naomi Prado e Nabor Salvagnini)

Uma considerável melhora marcou o ensaio técnico da Nenê de Vila Matilde. Neste segundo treino no Anhembi realizado na última sexta-feira, o destaque principal ficou para o canto da comunidade matildense. Nitidamente, a escola sabe cantar o samba e está com ele na ponta da língua, diferente do primeiro técnico, onde havia certas dificuldades de volumes dentro de algumas alas, especialmente as finais. Agora, aparentemente, a diretoria trabalhou para corrigir e obteve êxito. A elegância do casal Edgar e Graci e a forte batucada da “Bateria de Bamba” também merecem destaque especial. Com o enredo “Um quê poesia e um tanto de magia, a arte de encantar o imaginário popular”, a águia da Zona Leste será a sexta escola a entrar na passarela pelo Grupo de Acesso 1.

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Comissão de frente

A comissão foi destacada por esbanjar simpatia pela pista. A dança era realizada com os bailarinos interagindo entre si e com o público. Caras e bocas eram feitas para as pessoas que estavam nas arquibancadas, mas com muitos sorrisos acima de tudo. A ala, que tem um tripé, foi pouco usado neste ensaio, mostrando que há ainda mais por vir no desfile oficial. Haviam dois personagens principais que realizavam movimentos teatrais que mexiam com os demais dançarinos. Entretanto, a característica principal do grupo cênico que abre os desfile da Nenê de Vila Matilde se destaca pelo total carisma, e toda essa coreografia foi realizada em uma passagem do samba.

Comissao de Frente

“É uma comissão que vocês vão conseguir sentir a essência dela no dia mesmo. Acho que a maioria é assim, mas algumas vocês ainda conseguem pegar alguma coisinha. A nossa eu acho que é muito envolvente e vai acontecer muito no dia. Todos vocês vão ver essa surpresa”, contou o diretor de harmonia Rodrigo Oliveira.

Mestre-sala e Porta-bandeira

O casal Edgar Carobina e Graci Araújo desempenhou um ensaio satisfatório. O percurso da dupla se notabilizou pela segurança, sem muita coreografia dentro do samba. Prezaram pelos giros e a extensão do pavilhão de forma correta. Com isso, o desempenho individual de ambos foi muito correto. Graci colocou intensidade nos giros e Edgar nos jogos de pernas e na elegância.

Casal III

Graci admitiu que estão priorizando as raízes do quesito, sem pensar em coreografia dentro do samba. “Esse último ensaio foi muito mais seguro do que o primeiro, porque a gente já tinha noção de espaçamento, do quanto a gente evoluía, decidimos fazer um pouco mais parado em relação à evolução. Portanto, nesse ensaio a gente teve certeza de que os ensaios que estamos realizando a fantasia vai ser gol no dia do desfile. A nossa coreografia nós optamos por muito volume de passos tradicionais. A gente não vem com nenhuma coreografia que não seja com passos do bailado raiz de mestre-sala e porta-bandeira”, disse a porta-bandeira Graci Araújo.

Casal II

“O ponto principal é a tradição, tentamos manter alguns movimentos, passos da tradição. Mesmo que as coisas tenham evoluído de lá para cá, a gente tenta buscar o máximo da origem da dança clássica. Fazemos essa dança clássica com um pouquinho de atualidade e bastante tradição. Nosso ensaio foi muito produtivo, foi melhor que o primeiro, a gente atingiu o nosso objetivo. Não foi 100%, mas esse é o nosso objetivo depois do dia 2”, completou o mestre-sala.

Harmonia

O canto foi o principal destaque da noite matildense no Anhembi. Não só por cantarem forte, mas também melhorar consideravelmente a atuação no quesito em relação ao primeiro ensaio. Os componentes estavam mais soltos, alegres e cantando o hino com aquela força conhecida da Zona Leste. Dá para afirmar que o canto da águia foi aquele sempre conhecido. O refrão principal, por fazer a escola explodir, se destaca perante aos demais versos.

Agnaldo e Carro de Som

O diretor de harmonia cita uma melhora na questão canto e evolução, e também declara que há ajustes, tendo que trabalhar sem parar até o dia do desfile. “Hoje tive uma percepção de uma evolução, de uma melhora do ensaio em relação ao outro. Eu acredito que o quesito evolução e harmonia, que são os dois quesitos que a gente vai treinar até o último dia sem parar, são quesitos que a gente evoluiu. Nós já tínhamos feito um trabalho pós-ensaio, um ensaio de rua na comunidade lá na Vila Matilde mesmo e foi positivo para o resultado, para entregar um melhor ensaio técnico hoje”, disse.

Evolução

Ala com

Seguindo a linha do quesito harmonia, a evolução foi descontraída neste último ensaio. As alas desfilaram de forma correta, compacta e com bastante alegria, cantando e dançando o samba. Não há coreografia dentro do samba. Existe apenas um efeito das alas no refrão do meio, onde nos primeiros versos os componentes balançam o corpo para trás e para frente.

Samba

Interpretado por Agnaldo Amaral, o samba-enredo da Nenê de Vila Matilde finalmente rendeu na avenida como o esperado. O carro de som por inteiro tem qualidade e deu qualidade para toda a escola. O desempenho do cantor se destacou por seguir uma linha reta, pois não realizou muitos cacos, apenas se preocupando com o andamento do samba e a sincronia com a bateria.

Aguia Pede Passagem

“Hoje foi um desfile, uma pancada. Eu gostei muito, foi legal, acho que passamos bem. O canto veio bem, ouvimos a escola cantando e agora vamos nos preparar pro o ‘gran finale’. Assim que é! Nenê de Vila Matilde é muita emoção, são 11 anos à frente desse microfone, oito no Acesso e eu não aguento mais Acesso. Nós temos que subir, e esse ano chegou a nossa hora, com humildade e todo respeito às coirmãs”, disse o intérprete Agnaldo Amaral.

Outros destaques

Ritmistas II

A “Bateria de Bamba” é um sucesso à parte da agremiação. Tem uma pegada que vem lá dos anos 70, 80 e se mantém até hoje. Um surdo potente dá o tom da batucada regida por mestre Matheus. Ele destacou o ponto alto do ensaio.

“O ponto de destaque da bateria é a bossa do VAR. Ela inicia no começo do refrão e a gente só para no início do debaixo, do meio do samba. Antes de a gente subir para o samba a gente tem um ‘axézinho’, um diferencial para a bateria. É uma bateria tão tradicional, mas a gente acabou inovando um pouco e ficou legal. Vamos fazer no dia do desfile sem medo, temos que arriscar, não tem jeito. É o carnaval e quem quer ser campeão tem que fazer isso mesmo”, declarou.

Veja mais imagens do ensaio

Mestre Matheus Mantega e Agnaldo Amaral Mais um Destaque de Chao Gabriela Ribeiro Gabriela Ribeiro II Embaixadora do Samba Destaque de Chao II Corte Mirim Convidados Componente Sorrindo Componente de Azul Carro de Som Nene Baianas Babalu II Agnaldo Amaral Ala com Ala das Criancas

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