Com enredo em homenagem ao Flamengo e toda sua nação rubro negra, não dá para deixar de fora a clássica rivalidade entre os clubes, o que fez com que a Estácio não deixasse de incluir essa “guerra” futebolística em seu desfile. A ala 17 da escola se chama “Os rivais”, e fez referência aos “antis”, também conhecidos popularmente por secadores, aqueles que torcem contra o time em qualquer oportunidade.
Apesar da homenagem ter sido responsável por tornar boa parte dos componentes presentes na escola neste ano flamenguistas, também foi possível encontrar torcedores apaixonados pela escola, que no momento se sacrificaram para homenagear um time não tão querido assim por eles.
Márcia Raposo, moradora do Estácio e tricolor apaixonada, contou em entrevista ao site CARNAVALESCO um pouco da sensação de estar desfilando em homenagem ao seu maior rival no futebol.
“Sou tricolor de coração, mas aqui no mundo do samba sou Estácio acima de tudo. Estar na ala “rivais”, me faz homenagear não só a minha escola, mas também de certa forma o meu time do coração. Qualquer rivalidade eu acho importante, cada hora um ganha, o importante é a disputa”.
Se encontramos rivais, também encontramos antigos rivais, que ocasionalmente acabaram se rendendo ao time, como foi o caso da Flaviana Rampine, de 35 anos. A moradora do Flamengo contou que sempre se titulou como botafoguense, mas que após conhecer seu namorado Thiago Sales, acabou “virando a casaca”.
Thiago também contou um pouco de sua relação com o Flamengo, seu time do coração. “Eu nasci botafoguense, apesar de gostar do Flamengo desde sempre. Sempre quis torcer, mas meu pai dizia que iria me deserdar”, brincou ao lembrar.
“Em 1992 no final do brasileirão, teve Flamengo e Botafogo, Flamengo foi campeão e ali eu não resisti, o amor falou mais alto. É fácil para quem é flamenguista falar sobre rivalidade, já que estamos sempre na frente. A rivalidade é bem prazerosa, até porque bem ou mal, ninguém chega perto”.