A escola do Borel fez uma das principais arrancadas dos mini-desfiles na Cidade do Samba. Arrepiou! Condução avassaladora de Wantuir, Wic Tavares e da bateria Pura Cadência. Esses pilares da azul e amarelo garantiram o bom resultado da performance tijucana. Mestre Casagrande tem seus ritmistas nas mãos. Trabalho reconhecido por todos e de excelência tanto no andamento, quanto nas bossas. No final do mini-desfile, ao site CARNAVALESCO, ele não escondia a felicidade de ver que tudo havia dado certo. Fez questão de ressaltar a interação com o público e se mostrou satisfeito com o desempenho da bateria, acreditando que os ritmistas já estão prontos para o desfile. * VEJA FOTOS

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“A gente estava com saudade, né? A gente estava com saudade disso aqui, do calor humano do povo do samba, estou muito emocionado, muito contente, muito alegre. E, a bateria estava com muita vontade de tocar. E hoje a gente deu uma demonstração que a Tijuca está pronta, com belíssimo samba, tem uma comunidade guerreira, uma comunidade que não abandona a escola. Cara, eu estou muito contente, a bateria está afiada, estamos ensaiando até mais do que vai precisar, a gente vai ter tempo para ensaiar mais um pouco, e é isso, a gente está pronto, você sabe como é a bateria da Tijuca, se preocupa em tocar para escola”, disse.

A contratação e a formação do casal de mestre-sala e porta-bandeira, Phelipe e Denadir, foi um gol de placa. Aliam dança e vibração. Ele muito técnico e ela raçuda. Combinação perfeita! Loucos para estrear pela Unidos da Tijuca, eles explicaram a interação com o público e defenderam a realização do evento. “Eu achei a iniciativa maravilhosa porque já que está acontecendo carnaval, só não tem desfile de escola de samba, mas carnaval de rua está tendo. Então, nada mais justo que nós pudéssemos fazer a nossa festa também. O desfile foi maravilhoso, muito proveitoso e eu estou muito feliz”, explicou a porta-bandeira Denadir.

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“Graças a Deus o retorno do público que gosta, que ama o carnaval, que é o público que esteve presente, foi maravilhoso. Matar um pouco dessa saudade do calor do carnaval, está sendo incrível e ainda estou em êxtase. E, assim, a gente vai buscar ainda mais o reconhecimento de quem realmente ama e faz o carnaval acontecer que é a galera que esteve na Cidade do Samba. Sobre a preparação para abril, agora vamos descansar primeiro e depois a gente começa a trabalhar na semana que vem”, revela Phelipe Lemos.

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Coreógrafo da comissão de frente, Sérgio Lobato, mostrou a dança com vigor dos seus artistas. O público delirava sempre que um dos integrantes “voava” na pista. Com um dos melhores sambas do ano, o canto tijucano foi forte e correspondido pelo público. A comunidade acreditando é o ponto fundamental para devolver a pujança da Unidos da Tijuca, perdida nos últimos anos. Fernando Costa, diretor de carnaval e harmonia da Unidos da Tijuca, acredita que a abertura do “Rio Carnaval” deu o recado de que o sambista resiste: “Esse evento veio pra ficar! Foram duas noites maravilhosas, em que tudo deu certo, com a necessidade de pequenos ajustes. Vimos o povo interagindo com as escolas, cantando o samba com empolgação. Tenho certeza de que será feito outras vezes. Pelo momento que estamos passando, era importantíssimo dar o recado de que o sambista está vivo e pronto para viver o carnaval em abril”.

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Outro ponto forte é o carro de som. Uniforme, vibrante e com pai e filha, Wantuir e Wic, “voando” pela pista. O intérprete elogiou o inédito evento no local e falou também da empolgação do público com o samba. “De repente, a Liga pode aproveitar isso, aparar algumas arestas e continuar com essa festa. É um evento maravilhoso, contato direto com o público. É uma prévia da Sapucaí e deu pra perceber que o público se comportou maravilhosamente bem. Espero que esse evento continue sim, talvez, com um pouquinho mais de divulgação”, disse Wantuir, que encerrou: “A bateria dispensa comentários, uma harmonia maravilhosa e um carro de som sensacional. Vamos lutar muito em abril. Na última década a Tijuca foi uma das maiores campeãs. Tivemos alguns anos ruins, ninguém fica sempre no topo. Mas a Tijuca está aí se fazendo presente”, concluiu.

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Estreante no Grupo Especial na Sapucaí, Wic Tavares apresentou grande talento. A intérprete comentou o contato de perto com o público e também falou sobre a emoção de cantar com o pai. “Pra mim hoje foi o termômetro do que a gente vai fazer na Sapucaí. É um samba alegre, que envolve, é um samba afetuoso. Não poderia ser diferente quando a gente vem cantando Erê no refrão. Erê é pureza e contagiou o público. Hoje eu estou entendendo minha posição. Hoje caiu minha ficha. Até então eu não fazia ideia. É um sonho, ainda mais cantar do lado do meu pai. Eu ganhei na loteria. O carinho das pessoas, querendo falar comigo e vibrando junto”.

Participaram da cobertura: Alberto João, Gustavo Maia, Leonardo Damico, Lucas Santos, Nelson Malfacini e Rodrigo Madureira

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