A Unidos do Viradouro foi a última escola a desfilar na Sapucaí, com o enredo “Rosa Maria Egipcíaca”. A Vermelho e Branco de Niterói contou a saga mística da primeira mulher negra a escrever um livro no Brasil. Ao site CARNAVALESCO, os componentes contaram os bastidores.
Rute Alves e Julinho Nascimento (casal de mestre-sala e porta-bandeira)
“Feliz demais… A gente brincou, a gente se divertiu e eu tenho certeza que a gente representou a história de Rosa, a força dessa mulher preta, guerreira. Essa mulher fantástica”.
“Cara, eu tenho uma Rosa Maria Egipcíaca dançando comigo. Foi um desfile emocionante… A gente não tem ideia do desfile atrás da gente, mas eu acho que o objetivo da Viradouro foi emocionar através dessa história maravilhosa, dessa mulher incrível que é Rosa. A gente imagina que a gente conseguiu brindar a nossa escola, o público e honrar o nosso pavilhão hoje, bailando com a Viradouro. Espero que agora o resultado e as notas venham de acordo com aquilo que a gente espera, mas acima de tudo entregando nas mãos de Deus, pedindo pra ser merecedor”.
Zé Paulo Sierra (intérprete)
“Fechar o desfile é uma responsabilidade muito grande… A gente sabia que tinha tudo pra fazer um grande desfile, um grande Carnaval. Eu não tenho a visão do macro, mas só de ver as pessoas felizes aqui, a gente tem uma ideia de que foi um bom desfile. Agora é esperar amanhã para ver o resultado, acho que o trabalho foi cumprido, a Rosa Maria Egipcíaca merece essa homenagem… Ela tá feliz agora, eu tenho certeza disso. Está aqui com a gente… E eu estou em êxtase porque é muito bacana ver o dia amanhecer, as pessoas felizes, o carnaval na data… Eu tô muito feliz”.
Priscilla Motta e Rodrigo Negri (coreógrafos da comissão de frente)
“Foi incrível! A Viradouro é uma escola potente, muita força, muita energia. Foi uma estreia linda… Amei! Nunca senti isso na minha vida. Essa energia… Estou muito feliz. Essa narrativa é muito importante, dessa história dessa mulher preta, que não pode ser esquecida. A gente teve a oportunidade aqui na avenida de mostrar a (história da) Rosa pra sociedade, e ainda assim mudar o final dela”.
“O desfile veio para coroar os processos, foi cansativo, acho que a gente tá acostumado, óbvio, pressão, que a gente já tá também acostumado a olhar, são quinze anos de avenida, mas muito feliz com o resultado, deu tudo certo, graças a Deus e vamos aguardar aí pra ver… A Viradouro está linda, acho que a gente veio brigar pelo campeonato”.
Mestre Ciça (mestre de bateria)
Dentro da proposta que a bateria tem que fazer… eu acho que o rendimento foi muito bom, acho que foi aquilo que a gente idealizou pra fazer no desfile, respeitando melodicamente o samba, a letra, eu acho que funcionou”.
Dudu Falcão (diretor de carnaval)
“A gente ensaia muito na Amaral Peixoto, e já conhece cada pisada de pé da galera aqui. E o mínimo que a gente tinha que fazer, depois de exigir tanto de nós mesmos e dessa comunidade era aqui, era fazer um grande espetáculo. Acho que nós fizemos… O resultado final não depende da gente, o que dependia da gente é trabalhar e trazer isso pra cá. E nós trouxemos, agora vamos ver na quarta-feira de cinzas”.