O Camisa Verde e Branco é uma das agremiações conhecidas como ‘Matriarcas do Samba’, completou 71 anos de história no dia 4 de setembro. O Trevo, como é conhecido, vive um momento de reorganização e em 2024 retornou para o Grupo Especial após onze anos. Um pavilhão tão tradicional, viveu tempos longes da elite do carnaval paulistano, lutando no disputado Grupo de Acesso em São Paulo. Em 2023 com o tema ‘Invisíveis’ foi vice-campeão do grupo e subiu junto com outra tradicional, o Vai-Vai.
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Sobre o peso do Camisa no carnaval de São Paulo pouco precisa dizer, mas a presidente Erica Ferro quando perguntado sobre a importância da escola, disse: “Não desmerecendo as coirmãs, é a mais querida. É uma escola que quando ela entra, ela sacode, sou suspeita de falar do Camisa”.
Os 71 anos de Camisa Verde e Branco
Orgulho de ostentar o pavilhão da verde e branco, a presidente da agremiação ressaltou a marcante história: “São 71 anos de Camisa, aí tem história para contar. Eu nasci dentro desse celeiro de Bamba. Então me sinto muito honrada de estar no Camisa, de poder tocar no Camisa, de ser a presidente do camisa. Eu estou muito feliz”.
O diretor de carnaval e vice-presidente do Camisa Verde e Branco, João Ferro, foi breve ao falar sobre a história da agremiação: “São 71 anos de história, de luta e perseverança. Com certeza vão vir mais 100, mais 170 anos”.
Fase do Camisa Verde e as renovações
Foi sob a gestão Erica Ferro que o Camisa Verde retornou para o Grupo Especial e permaneceu em 2024 após uma disputa acirrada, a escola com o enredo “Adenla – O Imperador nas terras do Rei”, terminou na 12ª colocação e seguiu no grupo.
A agremiação fez trocas na equipe, chegaram para a equipe, o carnavalesco Cahê Rodrigues, o casal Everson e Lysandra, enquanto o intérprete Igor Vianna e o mestre de bateria Jeyson renovaram. A presidente Erica falou brevemente sobre a equipe: “Estamos com o Cahê, baita carnavalesco, continuamos com o Jeyson mestre de bateria e graças a Deus, estamos andando, vai dar tudo certo”.
Sucesso do evento e resgate do Trevo
O Camisa Verde e Branco vai buscando o seu espaço de volta no cenário do carnaval paulista, e não somente no desfile, em estar no Grupo Especial, mas sim em ações sociais, eventos realizados, como a escola era bem conhecida nos anos 80 e 90.
A presidente Erica comemorou bastante a final do samba-enredo e aniversário de 71 anos da escola que contou com escolas como Águia de Ouro e Mocidade Alegre. Assim como anteriormente realizou o anúncio do enredo, também na Fábrica do Samba, entre convidados estavam Rosas de Ouro
“Fiquei muito feliz, tem eliminatória em outras escolas, tem evento e outras escolas e todo mundo hoje estava presente aqui no Camisa, isso é muito bacana. Estávamos sentindo falta disso no Camisa. O evento não foi feito na quadra, mas hoje na Fábrica do Samba tinha muita gente do carnaval de São Paulo, então para o Camisa isso é muito importante. O Camisa era uma escola que ela estava esquecida praticamente então agora com a volta ao especial, o Camisa renasceu”.
Enquanto o diretor da agremiação também mostrou felicidade no evento e ressaltou a ação social realizada na final do samba-enredo: “Fiquei feliz para caramba, primeiro por conta da ação social que a gente se dispôs a fazer. A escola conseguiu aí quase três toneladas de alimento, isso daí para nós é uma grande satisfação. Um sábado positivo pra caramba e é nessas pequenas ações que entendemos que a escola está se organizando. Voltando a se ver como uma escola grande, como uma escola potente, que é o Camisa Verde. Estamos trabalhando. Barracão já começou, os ateliês já começaram e agora é jogar. O jogo está aberto para todo mundo e aquele que souber ser mais estrategista e conseguir se sobressair, vai levar o carnaval”.
O Camisa Verde e Branco vai ser a última escola a desfilar na sexta-feira de carnaval, com o enredo em homenagem ao cantor e compositor Cazuza: “O Tempo Não Para! Cazuza – O Poeta Vive” e com presença bem ativa da mãe dele, Lucinha Araújo, no enredo desenvolvido pelo carnavalesco Cahê Rodrigues.