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Em Cima da Hora faz ensaio técnico na Sapucaí com problema de canto dos componentes em noite da bateria

Por Luiz Gustavo Thomaz, Guibsom Romão, Maria Clara, Matheus Morais e fotos de Nelson Malfacini

A Em Cima da Hora abriu a última noite de ensaios da série Ouro mostrando que precisa
melhorar muito o canto dos seus componentes para fazer um bom papel no desfile oficial. A azul e branco de Cavalcante não teve um canto forte em basicamente nenhuma ala, várias passaram praticamente mudas, outras cantavam apenas a partir do trecho “não é mole não, não é mole não….”. Foi de longe o destaque negativo de um ensaio que apresentou qualidades, como a boa apresentação do casal Marcinho Souza e Winnie Lopes, uma comissão de frente bem ensaiada e principalmente a firme bateria comandada pelo mestre Léo Capoeira. A escola será a segunda agremiação a desfilar no sábado de carnaval, dia 10 de fevereiro, apresentando o enredo “A Nossa Luta Continua!”.

“Foi muito proveitoso. Acho que o ensaio apareceu aí para gente poder errar, acertar. E tenho certeza que nós conseguimos fazer o que a gente tinha em mente. Foi bastante exitoso para gente, o pessoal cantando. Claro que a gente tem a consertar e a melhorar para o dia fazer o melhor possível para a Em Cima da Hora. Mas já notei algumas coisas que a gente pode ajeitar durante a semana agora, no próximo ensaio, nos dois próximos ensaios antes do desfile. Vamos com 2.100 componentes, cinco alegorias no total, que é um carro acoplado e um tripé”, revelou Gustavo Barros, diretor de carnaval.

Mestre-sala e Porta-bandeira

Marcinho e Winnie fizeram uma apresentação muito segura, de movimentos bem
coordenados, precisão e boa dança. Winnie chamou a atenção pela elegância nos seus
passos, postura corporal impecável e bonito bailado, bem acompanhada pelo vigor e
firmeza de Marcinho. Um belo momento do ensaio da Em Cima de Hora.

“Foi bacana. A gente tem uma coisa ali ou outra para acertar ainda para poder limpar e encaixar certinho. Vamos afinar. A fantasia é linda demais. Eu estou apaixonada demais. O carnavalesco deu um presente para gente, ele perguntou para gente tudo, todos os detalhes, a fantasia foi montada com a gente, não foi nada que ele tirou da cabeça dele e falou vai vestir. Tudo que eu fui dando de ideia ele foi encaixando”, garantiu a porta-bandeira.

“É gratificante. A gente está ensaiando o trabalho de um ano inteiro. E hoje foi o nosso pontapé inicial para o nosso desfile. Eu vi que tem algumas coisas que a gente vai acertar, alguns detalhes, mas o básico é isso aí. A gente vai surpreender”, completou o mestre-sala.

Comissão de Frente

A comissão coreografada por Luciana Yegros trouxe 14 componentes vestidos de operários,
representando uma rebelião dos trabalhadores em prol da liberdade. Uma coreografia
simples, porém muito bem realizada e bem teatralizada, com uma boa sincronia entre os
componentes, sobretudo na parte final da coreografia quando um dos trabalhadores
resistente à greve é convencido pelos demais componentes. Um interessante esquenta para a apresentação oficial.

“Nossa, eu estou muito feliz, porque vocês não têm ideia dos bastidores. Trazer essa rapaziada aqui para a avenida, que não é um naipe de bailarinos, são pessoas das mais diversas profissões, mas apaixonadas pelo carnaval. Compraram a ideia, se doaram, é muito ensaio, é muito treino. A gente veio a semana inteira aqui com chuva, ensaiamos e eu estou muito feliz com o resultado. Não tenho tripé. Vou inovar sem tripé, já que está todo mundo colocando tripé. Tudo acontece em tempo real, tem trucagem, tem efeitos, sim. Mas tudo em tempo real para o público assistir. E não escondidinho. O trabalho é três vezes maior”, citou a coreógrafa.

Samba-enredo

O samba composto por Richard Valença, Lucas Macedo, Aldir Senna, Orlando Ambrósio,
Serginho Rocco, Luis Caxias, Marquinho Bombeiro, Julio Cesar e Marcio Lêleko teve um
desempenho correto no ensaio técnico. Apesar de não ter gerado um canto satisfatório dos
componentes, foi bem conduzido pelo carro de som liderado por Rafael Tinguinha,
estreante na escola. Um samba que transmite o enredo de forma direta, com uma letra de
fácil assimilação. O ótimo desempenho da bateria comandada por Léo Capoeira também
sustentou bem a obra.

“Eu encontro muita gente falando que é um dos melhores sambas do Acesso. A energia hoje foi muito positiva. A avaliação minha é muito positiva. A gente fez um excelente ensaio. Algumas coisas para acertar, mas até o desfile. A gente vai fazer um grande desfile e botar para quebrar na Marquês. A gente precisa melhorar é ficar mais um pouco com a força da comunidade. Cantar um pouco para poder chegar junto, cantar junto, evoluir junto. E tem a situação do som também que hoje deu ruim. Mas eu acredito que nada disso vai atrapalhar no dia”, afirmou o intérprete.

Evolução

A azul e branco teve uma evolução regular, sem mostrar grande empolgação mas
tecnicamente sem falhas mais evidentes. Manteve um ritmo constante no passar de suas
alas, demonstrando boa organização.

Harmonia

O ponto negativo do ensaio. Um canto nulo na maior parte de apresentação, com
trechos do samba passando batidos pelos componentes, que só esboçavam alguma precisão no canto entre o trecho “não é mole não…” e o refrão de cabeça na sequência, mesmo assim apenas em algumas alas. Outras passaram mudas, chamando a atenção pela falta de tentativa de ao menos tentar cantar a letra do samba. O quesito que a Em Cima da Hora precisa trabalhar com afinco nas duas semanas restantes até o desfile oficial.

Outros Destaques

Mestre Léo Capoeira mostrando sua competência habitual em mais um bom desempenho
da bateria da Em Cima da Hora. Bossas bem executadas e manutenção no ritmo durante
todo o ensaio. Uma bossa parava os instrumentos e chamava o canto da escola, que acabou não acontecendo. A ala de passistas vestida de gari de uma forma estilizada foi uma boa sacada.

“Eu sou muito perfeccionista sempre, eu sou muito difícil, as coisas para poderem estar como eu quero tem que ser tudo nos mínimos detalhes. Sou muito grato por esse povo que chegou aqui hoje, tenho muito carinho, muita satisfação, só tenho a agradecer, sou grato demais. A gente sabe que precisa melhorar sempre. Ano passado, a gente conseguiu a nota máxima que é o objetivo e esse ano a gente tem que estar no mesmo nível ou até a mais para conseguir novamente. Hoje ainda faltou um pouquinho, vamos dizer assim uns 90% hoje. Falta ainda uns 10% para a gente poder chegar bem. Agora são uns detalhezinhos”, comentou o mestre de bateria.

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