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Egbé Iyá Nassô: Comissão de frente da Unidos de Padre Miguel une ancestralidade e tecnologia no retorno ao Grupo Especial

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Comissão de frente da Unidos de Padre Miguel é comandada por Sérgio Lobato Foto: Carnavalesco

A comissão de frente da Unidos de Padre Miguel promete ser uma das grandes atrações do carnaval deste ano, marcando o aguardado retorno da escola da Vila Vintém ao Grupo Especial após 52 anos. O Boi Vermelho trará o enredo “Egbé Iyá Nassô”, idealizado pelos carnavalescos Alexandre Louzada e Lucas Milato, que celebra a trajetória da africana Iyá Nassô e seu legado no Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho, o mais antigo em funcionamento do Brasil. Assinada pelo coreógrafo Sergio Lobato, a comissão já vem chamando a atenção pelo capricho das performances apresentadas no minidesfile e no ensaio técnico.

O coreógrafo falou ao CARNAVALESCO sobre o trabalho que vem desenvolvendo na escola da Vila Vintém. “É uma honra, agradeço a todos os Orixás por esse momento que estou vivendo junto com a escola. Poder trazer a minha experiência e aprender com eles tem sido um grande prazer. Nosso objetivo é fazer um grande espetáculo, abrindo os corações e os olhos de todos, para que possam olhar com muito carinho para nós”, declarou.

O coreógrafo revelou ainda que a exibição da comissão de frente foi dividida em três partes. “No minidesfile, apresentei a encenação dos filhos de santo indo à uma festa de Xangô para a entrega do amalá. No ensaio técnico, trouxe os filhos de santo com o amalá, os Orixás, Xangô e a mãe de santo representando Iyá Nassô. Já no desfile oficial, será um outro trabalho, mas dando continuidade à nossa busca de falar da Casa Branca”, explicou.

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Com coreografia de Sergio Lobato, grupo usa tripé e iluminação cênica para celebrar o legado de Iyá Nassô e o Terreiro da Casa Branca Foto: Carnavalesco

Para retratar o Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho, Lobato promete utilizar recursos cenográficos como o tripé e a iluminação. Sobre o uso do tripé, Lobato afirma ser a favor desde que o elemento cenográfico tenha fundamento no enredo apresentado. “Eu sou a favor do tripé, mas também respeito quem prefere não utilizá-lo. Acredito que ele precisa ter um fundamento. Para nós, o tripé é uma coxia de teatro. A Sapucaí é uma arena aberta, por isso que, quando precisamos trazer uma surpresa, um elemento novo, um personagem novo, é fundamental ter o nosso carro. Ele compõe o nosso palco”, argumentou. Ele também revelou que o tripé e os figurinos estão sendo pensados pelos carnavalescos da escola em diálogo com a proposta de apresentação do segmento para o desfile oficial.

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Com coreografia de Sergio Lobato, grupo usa tripé e iluminação cênica para celebrar o legado de Iyá Nassô e o Terreiro da Casa Branca Foto: Carnavalesco

Outro elemento confirmado na exibição da comissão de frente da UPM é a iluminação. Pioneiro no uso da iluminação cênica, Lobato foi o responsável pela primeira comissão a apagar as luzes da Sapucaí e utilizar efeitos especiais do tripé, quando estava na Unidos da Tijuca, no carnaval de 2023. Para ele, a experimentação da luz é um recurso que enaltece o espetáculo. “É muito legal que a Rio Carnaval, a Liesa e a Prefeitura nos oportunizem o uso da iluminação, com profissionais maravilhosos que nos apoiam, assim como os iluminadores da escola. A iluminação ajuda a destacar movimentos e cenas, chamando a atenção para o que precisa sobressair no espetáculo”, destacou o profissional, que trabalhou em escolas como São Clemente, Viradouro, Ilha, Portela, Salgueiro e Tijuca, entre outras.

Lobato guarda segredo sobre os detalhes que serão exibidos pela comissão de frente da UPM. A expectativa é grande entre o público e os torcedores da escola da Vila Vintém, já que o carnaval de 2025 marca a volta do Boi Vermelho ao Grupo Especial. “O público pode esperar muita garra, muita energia, faca nos dentes, muito canto e muito espetáculo”, finalizou o coreógrafo.

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