Edson Pereira está radiante com sua chegada à Caçulinha da Baixada. O carnavalesco da Inocentes de Belford Roxo para o Carnaval 2026 desembarca cheio de entusiasmo para desenvolver o enredo que exaltará a cultura pernambucana, especialmente o forró e o frevo, na Marquês de Sapucaí, com o título “O sonho de um tal pagode russo nos frevos do meu Pernambuco”. O CARNAVALESCO conversou com o artista sobre sua vinda para a escola da Baixada, a divisão de trabalho com a Unidos da Tijuca e o que esperar do samba do próximo ano.

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edson pereira inocentes
Foto: Matheus Morais/CARNAVALESCOInocents

Para o carnavalesco, estar na Inocentes em 2026 é um sonho não apenas para a agremiação, mas também para ele enquanto artista, principalmente pelo envolvimento da comunidade no cotidiano da escola. Edson destacou ainda a oportunidade de levar Pernambuco à Avenida com o olhar do pagode russo, propondo uma abordagem distinta de outros enredos nordestinos que já assinou, como os dedicados a Ariano Suassuna e Padre Cícero.

“É o sonho de qualquer artista trabalhar com uma comunidade tão envolvida com a escola. Isso é perceptível em Belford Roxo e na própria Avenida. Sinto-me realizado como artista, falando da nossa cultura. A pesquisa do enredo revela aspectos inéditos que ninguém nunca explorou. O pagode russo, um dos motes, é novidade na Sapucaí. Somado ao colorido de Pernambuco, ao frevo do Recife e à cultura nordestina, tenho certeza de que resultará em um enredo histórico”, afirmou.

Também carnavalesco da Unidos da Tijuca, Edson falou sobre o convite para assumir a Inocentes, algo que vinha sendo conversado há anos e agora se concretizou, retomando sua experiência em comandar mais de uma escola de samba ao mesmo tempo.

“Já estávamos nessa paquera há alguns anos. Hoje me sinto no momento certo para assumir mais uma escola. Já fiz três em um mesmo ano, entre Rio e São Paulo, mas em outras temporadas não estava preparado. Agora estou. A Inocentes conseguiu me ganhar pelo coração”.

Edson explicou como se dará a divisão de trabalho entre a Caçulinha da Baixada e a escola do Borel, onde estará pelo segundo ano consecutivo. Ele ressaltou a importância das equipes que o auxiliam em cada projeto, permitindo que exerça plenamente sua função de diretor artístico.

“Tenho equipes distintas, mas que trabalham para o mesmo objetivo: fazer sempre o melhor. Esses profissionais me dão suporte para oxigenar a arte o tempo todo. O carnavalesco é, acima de tudo, um diretor artístico.”

Por fim, o artista projetou suas expectativas para o samba da Inocentes em 2026, reforçando que a obra deve transmitir alegria, simplicidade e abraçar a comunidade, refletindo a energia contagiante do frevo e da cultura nordestina.

“O samba precisa ser aquele em que a escola se sinta abraçada e confortável. Deve contar o enredo, mas também ser alegre, feliz, com espírito de carnaval. O frevo e a cultura nordestina são pura alegria. A felicidade está na simplicidade, e é isso que espero: um samba simples, que conte a história e traga felicidade para todos”.