O presidente Almir Reis, da Beija-Flor de Nilópolis, está muito feliz com o campeonato de 2025, mas, obviamente, já pensa em todo o caminho para a conquista de 2026, quando a escola nilopolitana levará o enredo “Bembé” para a Sapucaí. Ao CARNAVALESCO, o presidente da Deusa da Passarela deu detalhes de como conheceu o Bembé do Mercado e do que espera das vozes que substituirão Neguinho da Beija-Flor na Avenida em 2026.

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almir reis beijaflor
Foto: Matheus Morais/CARNAVALESCO

Almir falou sobre as expectativas da Beija-Flor em busca do bicampeonato, preferindo encarar a disputa de 2026 como um novo ciclo para a escola. Ele festejou o título de 2025, mas ressaltou a qualidade da competição entre as coirmãs e destacou o quanto o espetáculo tem crescido.

“Ganhamos, estamos felizes, fizemos um carnaval à altura, não desrespeitando nem desfazendo das coirmãs, mas realmente nós fizemos e chegamos o mais próximo possível da perfeição. Agora vamos virar a chave, é um outro ciclo, começa-se um novo. Não vou pensar em 26, em bicampeonato, eu vou pensar no campeonato. Eu vou por esse caminho até para não criar expectativa em ninguém. Uma das coisas que a gente tem visto muito no carnaval é que hoje ele é muito grande, as coirmãs estão cada dia melhores. Acho que o carnaval cresceu muito, temos que pensar em fazer o certo, tentar mais uma vez chegar o mais próximo de tocar a perfeição e disputar o título. Essa é a realidade”, afirmou.

Para Almir, o enredo do Bembé chegou de forma especial para ele e para a escola. O presidente contou que cada integrante da Beija-Flor se identificou com essa manifestação religiosa e cultural, e que a força do tema se mostrou um chamado para a agremiação levá-lo à Sapucaí no próximo carnaval.

“Eu não sabia que o João já tinha visto sobre, porque eu falei para ele: ‘João, tem algum enredo autoral?’ E ele me trouxe três, mas em momento algum o Bembé. Quando acaba o carnaval, vejo o Bembé na internet e, ao mesmo tempo, sou alertado pelo pessoal da comissão de frente, especialmente pelo Saulo, se eu já tinha visto a história do Bembé. Eu falei que era engraçado, porque tinha visto isso na internet ontem, e aquilo me chamou a atenção. Que coisa linda, é a cara da Beija-Flor, é a cara do nosso povo. Fui ao João, e ele falou que estava com isso também embaixo do braço, que ainda não tinha mostrado, mas já estava dormindo e acordando com o Bembé. Ali foi uma convergência entre todos nós e, graças a Deus, foi muito bem aceito. Como eles falam: alafiou. E tem tudo para dar certo. Agora só depende de a gente fazer uma boa obra de samba-enredo. A plástica já está sendo desenvolvida, o barracão está muito bonito, e vamos embora”, contou Almir.

Por fim, o presidente da Beija-Flor comentou sobre a substituição de Neguinho da Beija-Flor. Ele destacou a preocupação com o coração dos vencedores do “A Voz do Carnaval”, concurso que escolheu os substitutos de Neguinho, Nino e Jéssica Martin, e reforçou que os dois precisarão da força da comunidade, lembrada por ele como muito unida, para dar continuidade ao legado do intérprete histórico da escola.

“As pessoas dizem que ninguém é insubstituível, e o Neguinho, realmente, é muito difícil [de substituir]. Vai ser uma responsabilidade muito grande entrar naquela Avenida e cantar no lugar dele. Acho que vão precisar ter muita presença de espírito, muito equilíbrio, porque além da emoção da Avenida, é a emoção de olhar e pensar: ‘Olha o lugar em que eu estou’”, encerrou.