728x90
InícioGrupo EspecialDuas parcerias se destacam em noite de disputa de samba da Mangueira

Duas parcerias se destacam em noite de disputa de samba da Mangueira

CARNAVALESCO, através da série 'Eliminatórias', esteve em mais uma etapa de escolha de samba da Estação Primeira de Mangueira

O CARNAVALESCO, através da série “Eliminatórias”, esteve em mais uma etapa de escolha de samba da Estação Primeira de Mangueira. Nesta fase que antecede a semifinal, cinco parcerias se apresentaram. Duas composições tiveram mais destaque e a parceria encabeçada por Deivid Domênico foi eliminada. A Verde e Rosa levará para a Avenida o enredo “À Flor da Terra – No Rio da Negritude entre Dores e Paixões”, sobre a influência da cultura banto no Rio de Janeiro. A semifinal de samba acontece no dia 12 de outubro. * OUÇA AQUI OS SAMBAS CONCORRENTES

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

Parceria de Lacyr D’Mangueira: A primeira parceria a se apresentar esta noite foi a dos compositores Lacyr D’Mangueira, Rubens Gordinho, Juninho Luang, André Ricardo Gonçalves, Celsinho M Godoi e Bruno Oliveira Lima e o intérprete Bruno Ribas deu voz a este samba. A música tem um melodia bonita e uma cadência boa de acompanhar. Tem um refrão principal potente com o verso “Eu sou cria, sou banto, filho desse chão”. Já o refrão do meio é divertido pela agilidade e pela repetição de sílabas, mas pode ser difícil de cantar. O trecho “saberes que vem do zungu valem ouro na lingua falado um tesouro legado do congo e d’angola e pelas ruas ao som do lundu a força do sangue bantu transcende o tempo e aflora” se encaixou com muita beleza no ritmo da composição. Apesar da qualidade apresentada, poucas pessoas se empolgaram na quadra.

Parceria de Chacal do Sax: Chacal do Sax, Fábio Martins, Marcelo Martins, Bruno Vitor, Jean do Ouro e Pastor Gaspar compuseram o segundo samba puxado por Emerson Dias e Pixulé. Os dois refrões são bastante potentes, destacando os versos “É verde kabila, rosa de matamba”, do primeiro, e “Preta Velha ensinou, ciência de mandingueiro”, do segundo. Um trecho de impacto é “Reinventei a minha luta/ Na santíssima macumba, irmandade é petição”. A segunda parte do samba é bem construída em letra e melodia, sendo marcante a passagem. “Não venha dizer que é dialeto/ A língua que africaniza a cidade”. Levantou parte da quadra e foi um dos destaques deste sábado.

Parceria de Ronie Oliveira: Matheus Gaúcho defendeu o terceiro samba da noite composto por Ronie Oliveira, Jotapê, Giovani, João Vidal, Miguel Dibo e Cabeça Ajax. Gilsinho comandou a apresentação com Charles Silva e Matheus Gaúcho. O refrão principal com esse “Aê dindin, Aê dindá” é fácil de aprender e o do meio tem muita força com a verso “sou o fruto bantu que não cai longe do pé”. Na primeira parte, esse trecho é o de maior potência: “ainda que a paz existisse renegaram as inquices perseguindo o povo bantu”. Além disso, a segunda parte funciona como uma crescente até chegar no pré-refrão “dê um “dengo” mãe… teu “moleque” é valentia quem é cria lá do morro, faz nascer a poesia dê um “dengo” mãe… teu “moleque” foi vencer jem é cria lá do morro, faz um novo alvorecer”. No mais, a parceria conseguiu animar parte da quadra.

Parceria de Lequinho: Quem encerrou a disputa foram os compositores Lequinho, Júnior Fionda, Gabriel Machado, Júlio Alves, Guilherme Sá e Paulinho Bandolim. A responsabilidade de cantar esse samba foi de Tinga. Primeiramente, essa composição tem um refrão principal bem aguerrido. Dois trechos seguido são muito cativantes: “ê malungo, que bate tambor de congo faz macumba, dança jongo, ginga na capoeira/ ê malungo, o samba estancou teu sangue de verde e rosa renasce a nação de zambi” e “bate folha pra benzer pembelê, kaiango guia meu camutuê, mãe preta me ensinou bate folha pra benzer, pembelê, kaiango sob a cruz do seu altar inquice incorporou”, que funciona como um refrão. Na sequência, a segunda parte traz reflexões e aponta para uma crítica social interessante com versos como “onde a escola de vida é zungu, fui risco iminente/ o alvo que a bala insiste em achar lamento informar… um sobrevivente” e “e hoje no asfalto a moda é ser cria/ quer imitar meu riscado, descolorir o cabelo/ bater cabeça no meu terreiro”. Fechou as apresentações sendo o segundo destaque da noite e levantando o público.

- ads-

Pérola Negra mostra alegorias impactantes e entra de vez na briga pelo título do Acesso 2

Por Gustavo Lima e fotos de Fábio Martins A Pérola Negra teve o objetivo de impactar mesmo estando no Acesso 2. Geralmente as escolas apostam...

Casal em sintonia e bateria criativa dão o tom do desfile da Torcida Jovem

Por Lucas Sampaio e fotos de Fábio Martins A Torcida Jovem desfilou neste sábado pelo Grupo de Acesso 2 do carnaval de São Paulo de...

Desfilando com o regulamento ‘embaixo do braço’, Peruche cumpre todo os quesitos para brigar pelo acesso

Por Gustavo Lima e fotos de Fábio Martins A Unidos do Peruche executou o seu desfile oficial. Mais do que isso, realizou um propósito na...