O Águia de Ouro viveu uma montanha-russa de sensações no ciclo do carnaval 2025. Um enredo celebradíssimo, um samba contestado, a liderança na apuração após oito dos nove quesitos e a sétima colocação ao final da mesma. A Pompeia, portanto, tem muito a falar sobre o que aconteceu e, também, sobre o futuro – com uma notícia que entrou para a história pouco depois do desfile. Douglinhas Aguiar, um dos intérpretes da azul e branca da Zona Oeste (juntamente com Serginho do Porto), assim como toda a agremiação, tinha muito a falar a respeito. Para dar voz ao cantor e a toda comunidade do Águia, o CARNAVALESCO falou com o profissional no evento que revelou a ordem dos desfiles dos grupos geridos pela Liga-SP em 2026. O intérprete contextualizou uma série de situações vista por quem está inserido na agremiação.

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douglinas aguiadeouro
Foto: Felipe Araujo/Liga-SP

Funcionalidade

O enredo “Em Retalhos de Cetim, a Águia de Ouro do jeito que a vida quer”, homenageando o cantor Benito di Paula, foi bastante elogiado quando revelado. Já após a apresentação do samba-enredo, a crítica se dividiu entre críticas e elogios. O que sempre se viu no Anhembi desde os ensaios técnicos, entretanto, foi uma comunidade engajada e com bom canto – como tornou-se tradicional na agremiação, diga-se.

Na definição da ordem dos desfiles dos grupos geridos pela Liga-SP em 2026, o Águia cantou o samba-enredo sobre Benito di Paula e teve uma ótima resposta do público, que cantou junto com os segmentos da agremiação. Perguntado sobre a satisfação em ver uma obra contestada ganhar o público, Douglinhas falou que não houve surpresa na recepção das arquibancadas e do povo do samba: “É muito melhor quando um samba contestado tem um rendimento tão bom! A gente não tinha dúvida que o samba era legal e que era bom. Quando a gente escolhe uma canção, a gente escolhe depois de ter feito várias experiências. O Águia de Ouro não é uma escola que leva a eliminatória para dentro da quadra – portanto, a gente já tinha ouvido o samba, já tinha cantado o samba e a gente sabia que ia dar certo. E deu certo! Quando a gente vê o retorno se confirmando, é muito mais prazeroso. A gente ficou feliz e confirmou aquilo que a gente tinha certeza que ia acontecer”, afirmou.

Batucada da Pompeia

Uma das mudanças mais impactantes no carnaval de São Paulo foi anunciada no dia 07 de abril. Armando Guerra Júnior, popularmente conhecido como Mestre Juca, deixou o comando da “Batucada da Pompeia”, bateria do Águia – posto que ele ocupava desde 1992.

Douglinhas entende a saída do profissional, mas fez questão de enfatizar o legado deixado: “A saída do Juca todo mundo sentiu. Foi um grande mestre de bateria. A história dele está aí, não vai ser apagada nunca. Terminou o ciclo dele no Águia de Ouro, mas a história dele é eterna”, destacou.

O escolhido pela escola para comandar os ritmistas foi, ele próprio, batuqueiro do histórico quadro da azul e branca: trata-se de mestre Moleza, que estava há treze anos na Unidos de Vila Maria.

Douglinhas mostrou-se bastante animado com a chegada do novo comandante-mor: “Com o Moleza, a gente ainda não começou a trabalhar, ainda não começaram os ensaios. Mas o Moleza é cria do Águia de Ouro, a gente viu o Moleza menino começando na bateria. É cria, inclusive, do mestre Juca. E eu tenho certeza que ele vai fazer um trabalho brilhante como ele fez em todas as escolas que ele passou. Mancha Verde, Unidos de Vila Maria… e, no Águia, não vai ser diferente”.