O clima de incerteza toma conta da Lierj, que administra os desfiles da Série A, na sexta-feira e sábado de carnaval. De um lado a situação, que após a saída do presidente Renato Thor, conseguiu uma liminar suspendendo a reunião que aconteceria com o o grupo de oposição, que diz ter 12 escolas e que desejava realizar uma nova posse já na sexta-feira passada.
Em entrevista ao programa “Vai dar Samba”, da Rádio 94 FM, o presidente do Império da Tijuca, Antônio Telles (o Tê), revelou que assume por ser presidente do Conselho da Lierj e que vai convocar novas eleições em 30 dias.
“As escolas fizeram grandes desfiles até pela dificuldade que enfrentamos. Agora, com a saída do presidente Renato Thor, eu tenho 30 dias para convocar a nova eleição. Estou em prol da entidade e fazer melhor para o carnaval. Se for eu ou outro temos que trazer melhorias para não ficar no sufoco pós carnaval”, disse Tê, em entrevista ao programa “Vai dar Samba”.
Porém, a oposição acusa a atual gestão da Lierj de utilizar coação com policiais, inclusive, fardados em horário fora de trabalho, e pressionando com representantes das escolas de samba. O presidente da Porto da Pedra, Fábio Montibelo, denunciou ameaças para que o ex-presidente do Sossego, Wallace Palhares, não assinasse o documento da posse na sexta-feira.
“Vou fazer registro de coação e ameça. O presidente Tê não consta na ata como presidente fo Conselho da Lierj. Na sexta-feira, tinha uma viatura da Polícia Civil, caracterizada, com quatro policiais e fazendo ameaças. O que esses policiais estavam fazendo lá dentro? Tanto bandido na cidade e eles vão ameaçar presidente de escola de samba dentro da Liga? É inadmissível. Ficaram constrangendo o Wallace Palhares para assinar o documento. Não vou me calar. Vou ao Ministério Público, quero as câmeras da Liga, e quero saber o que eles estavam fazendo dentro da Liga. O Thor fez a coisa mais certa que era encerrar a reunião”, afirmou Fábio Montibelo.