A Imperatriz Leopoldinense realizou, no último sábado, a etapa de semifinal de sua disputa de samba-enredo rumo ao carnaval de 2025. A equipe do CARNAVALESCO, através da série “Eliminatórias”, esteve presente na quadra de ensaios da escola, no bairro de Ramos, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Ao todo, quatro obras se apresentaram no último sábado. Os sambas das parcerias de Guga, Me Leva e Gabriel Coelho avançam para a grande final de samba-enredo da Verde e Branca, que será realizada no dia 27 de setembro. A obra da parceria de Renan Gêmeo foi eliminada. * OUÇA AQUI OS FINALISTAS

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Parceria de Guga: O samba dos compositores Guga, Josimar, Márcio André Filho, Inácio Rios, Zé Inácio e Igor Federal foi o primeiro a se apresentar na noite de seminal da Imperatriz Leopoldinense. A obra foi defendida pelos intérpretes Bico Doce e Tuninho Junior. A letra do samba, de modo geral, é muito bela e bem construída, transmitindo com clareza a proposta da escola. O refrão principal da obra foi o grande destaque da apresentação na quadra: “Toca o alabê, dança iabá/Nas mãos da Iabassê, Ebô e acaça Oni se/Awure trago seu adê pra Imperatriz/ Incorporar no ilê”. Também teve destaque o bis na cabeça do samba, “Ofereça, nunca se esqueça de exú”. O final do samba, antes da subida pro refrão principal, também é muito interessante, com referências à comunidade da escola, “Chega o povo de ramos//Lava a alma faz a festa//E o soberano se manifesta”. Durante a apresentação, no entanto, o samba não empolgou tanto o público presente quanto outros que se apresentaram, fazendo uma exibição, de modo geral, correta. Ao longo da disputa, a obra mostrou crescimento e fez apresentações melhores que a da semifinal.

Parceria de Me Leva: A obra dos poetas Me Leva, Thiago Meiners, Miguel da Imperatriz, Jorge Arthur, Daniel Paixão e Wilson Mineiro foi a terceira a se apresentar na noite. O samba foi muito bem conduzido por Igor Vianna e Tinga, que dão uma “valentia” muito interessante à obra. A parceria apostou, antes do início da apresentação, em cantar o alusivo tradicional da Imperatriz, o que já elevou o clima do público. O samba, ao longo da disputa da Imperatriz, tem feito grandes apresentações, o que novamente aconteceu na semifinal. A obra tem diversos momentos de destaque e que levam o público a cantar, como já na cabeça do samba: “Vai começar o itan de Oxalá/Segue o cortejo funfun pro senhor de Ifón, babá”, além do trecho “Justiça maior é de meu pai Xangô/No dendezeiro, a justiça verdadeira/Justiça maior é de meu pai Xangô/Meu pai Xangô mora no alto da pedreira”. O refrão principal, Oní sáà wúre! Awure awure!//Quem governa esse terreiro ostenta seu adê//Ijexá ao pai de todos os oris//Rufam atabaques da imperatriz”, também é um grande achado e passou muito bem durante a apresentação. Na quadra, o samba conseguiu elevar o astral do público presente. Era possível ver diversos segmentos da escola cantando a obra, inclusive nos camarotes. Ao final da apresentação , a parceria recebeu aplausos. Por todas as apresentações ao longo da disputa e também pelo desempenho na semifinal, a obra se coloca entre as candidatas a ser o hino da Imperatriz para o carnaval de 2025.

Parceria de Gabriel Coelho: A última obra a se apresentar foi a da parceria de Gabriel Coelho, Moisés Santiago, Luiz Brinquinho, Chicão, Miguel Dibo e Orlando Ambrósio. Igor Sorriso e Chicão defenderam o samba com maestria, contribuindo muito para o bom desempenho na semifinal. A chamada para o refrão principal é um achado, “Egbe! trás o acaça/Chama Iabassê, giram Iabás/Xirê! Xirê!/Xirê guarda meu Ibá/Nossa coroa tem que respeitar”, o que contribui muito para a explosão do refrão em si, “O ilê Imperatriz traz um banho de abô/Emoriô! Emoriô!/Afoxé tem axé pra purificar/E quem deve que se entenda com o cajado de Oxalá”. O “Emoriô! Emoriô!”, sobretudo, pegou na quadra e era possível ver alguns componentes da escola cantando. A obra fez uma grande apresentação, se coloca forte na final e mostrou que a Imperatriz terá boas opções para escolher seu samba para o carnaval de 2025. A parceria também saiu do palco sob aplausos.