Em 2026, o Grupo de Acesso I do carnaval de São Paulo terá a transmissão de uma das maiores emissoras da televisão aberta do país. O segundo pelotão das escolas de samba paulistanas será exibido pela Rede Bandeirantes dentro do Band Folia – marca que engloba a cobertura carnavalesca de toda a empresa em diferentes cidades do país.
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Para saber um pouco mais sobre os planos da emissora da Zona Sul paulistana para o Grupo de Acesso I, o CARNAVALESCO conversou com Paola Novaes, diretora artística de transmissão do Band Folia, durante o evento que marcou o início da parceria, realizado na sede do Grupo Bandeirantes, no Morumbi, Zona Sul de São Paulo, no dia 04 de agosto.
História na avenida
Uma das escolas que disputará o Grupo de Acesso I em 2026 é a Nenê de Vila Matilde, e a Águia Guerreira ajuda a desvendar o quanto a Bandeirantes é intimamente ligada ao carnaval. Em 2007, com o enredo ”A Águia Radiante Com Um Pioneiro Das Comunicações. João Jorge Saad, 70 Anos de Conquistas e Realizações”, quando homenageou o fundador da instituição, a agremiação saudava a empresa como a “pioneira paulistana a transmitir meu carnaval”.
Tudo isso porque em 1968, primeiro ano de desfiles carnavalescos oficializados na cidade de São Paulo, a rádio Bandeirantes (primeira das tantas marcas hoje englobadas no Grupo Bandeirantes) foi a primeira a transmitir ao vivo as exibições da elite das escolas de samba paulistanas.
Nos últimos anos, porém, outro fato importante aconteceu em relação ao carnaval no Grupo Bandeirantes: “Há três anos, a gente começou a exibir a série Ouro no Rio de Janeiro. A gente fez um trabalho na Cidade Maravilhosa pautado em dar um destaque para o sambista, mostrando todos os segmentos no desfile. Sempre foi uma premissa nossa de valorizando o sambista. Isso deu muito certo e a gente colheu muitos frutos ao longo desses três anos no Rio de Janeiro – fato que faz com que a gente tenha renovado esse contrato por mais uma temporada”, comemorou Paola.
A chegada do Grupo de Acesso I ao portfólio do Band Folia também foi comemorada pela diretora artística: “A partir disso, com todo esse conhecimento que a gente traz do Rio de Janeiro, a gente passa a abraçar, agora, o Grupo de Acesso I de São Paulo. A gente tem até uma brincadeirinha internamente que eu acho que não tem que nem chamar Grupo de Acesso: já é um desfile tal qual o Grupo Especial. Acho que a gente tem que dar ainda mais relevância e ainda mais destaque para o grupo”, vislumbrou.
Paola destacou que alguns pilares da cobertura da Série Ouro do Rio de Janeiro se manterão no Grupo de Acesso I de São Paulo: “A gente vai seguir com essa mesma premissa nossa: enfatizando o jornalismo, dando esse destaque para o sambista, mostrando todos os segmentos do Esquenta, a apresentação do casal de mestre-sala e porta-bandeira, as comissões-de-frente, as baterias com as suas convenções todas. Essas apresentações todas estarão na íntegra para o público e o telespectador que acompanharem a tela da Band”, comentou.
Caminho da negociação
Ao ser perguntada sobre a influência do trabalho realizado na Série Ouro para que as negociações com a Liga-SP fluíssem, Paola deu a entender que foi a instituição que organiza os três principais grupos do carnaval paulistano quem deu o primeiro passo para que o acordo se concretizasse: “Sim, o nosso trabalho no Rio de Janeiro foi um holofote que foi colocado. A Liga-SP começou a enxergar de uma outra maneira esse trabalho que a gente tem feito, com essa divulgação das escolas da Série Ouro no Rio de Janeiro. Por sinal, veio uma provocação da Liga-SP em relação ao nosso interesse em exibir o Grupo de Acesso I justamente a partir desse trabalho que a gente fez e que é bastante sólido no Rio de Janeiro. É isso que a gente vai entregar aqui para São Paulo, também: uma divulgação enorme do trabalho das comunidades, de todas essas oito agremiações que compõem o Grupo de Acesso I”, destacou.
Equipe
Sem revelar nomes, Paola comentou que os profissionais para a transmissão do Grupo de Acesso I já estão em processo de seleção: “A gente já tem alguns nomes com quem a gente trabalha – até porque a gente já vem com um time que faz essas transmissões nas rádios Bandeirantes e BandNews. A gente está falando de um grupo de comunicação no qual a gente tem não só as rádios musicais (como a Band FM e a Nativa), mas também as nossas rádios jornalísticas, o nosso digital”, elencou.
O fato do Grupo Bandeirantes ter uma série de braços também ajuda tanto na seleção quanto na expertise da instituição: “Toda essa turma já está acostumada a fazer essas transmissões do desfile de São Paulo. A partir de agora, a gente passa a exibir tudo isso também na TV aberta. A gente abraça tudo isso com ainda com mais força. É claro que a gente já tem nomes, já tem gente no grupo que tem essa expertise para estar fazendo a transmissão”, comemorou.
Outra promessa da emissora está no destaque que será dado às oito instituições do Grupo de Acesso I ao longo de toda a programação das emissoras: “A partir desse mês de agosto, a gente já vira a chave e começa a passar, em toda a programação, os preparativos das escolas: como vão ser as escolhas dos sambas, como vão estar sendo as feijoadas nas quadras, os ensaios, tudo que acontecer no Anhembi. A gente vai conseguir ver tudo isso nos nossos programas ao longo do ano até o carnaval”, finalizou.