A Imperatriz Leopoldinense aposta novamente na união de talentos para o Carnaval 2026. A escola de Ramos decidiu juntar as obras das parcerias de Hélio Porto e Gabriel Coelho, criando um samba-enredo único que, segundo a direção, supera o que cada composição apresentava individualmente. O intérprete Pitty de Menezes destacou a força da junção.
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“Unimos duas obras maravilhosas que, separadas, já poderiam representar a escola, mas juntas construímos um samba imbatível, que vai pegar o coração do público. A comunidade abraçou o samba desde o lançamento, e posso dizer que estou apaixonado por ele, talvez, até mais do que pela Cigana. Graças a Deus, a Imperatriz tem uma ala musical muito competente”.
Sobre as nuances musicais, Pitty explicou como a junção manteve a fluidez e evitou quebras melódicas: “Quando falamos ‘Se joga na festa’, por exemplo, a transição se encaixa perfeitamente na melodia. As partes dos dois sambas se completam, como se tivessem nascido um para o outro. Foi uma junção maravilhosa e tranquila de fazer”.
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Pedro Miguel, o Pedrão, diretor musical da Imperatriz, detalhou o processo técnico por trás da junção: “A ideia partiu da cúpula da escola. Ajustamos cada parte, decidindo quais trechos de cada samba seriam utilizados, sempre com cuidado para que a música permanecesse fluida. Foi um trabalho de esmero e lapidação, para que a divisão das partes não criasse embolações e respeitasse a melodia e a voz do cantor”.
Ele explicou ainda como foram solucionadas questões musicais complexas, como tonalidade e quebra melódica: “Trabalhamos estudando escalas, sonoridade e limites da voz humana. Escolhemos a tonalidade ideal e ajustamos as melodias para que o samba ficasse agradável de cantar, sem notas muito altas ou muito baixas. No final, conseguimos um samba que certamente vai alegrar muita gente no ensaio e na avenida”.
Para André Bonatte, diretor de carnaval da agremiação, a junção é um exercício natural. “Depois de um resultado muito bom com a Cigana, sempre fazemos o questionamento: a junção é melhor do que o que temos? Se for melhor, podemos continuar a debater. A ideia é pegar os melhores pontos de cada samba e fazer com que se encaixem, sem confrontar a proposta do enredo. O resultado é algo que percebemos ser melhor do que aquilo que se apresentava individualmente”.
Bonatte ainda destacou que a junção gerou menos estranhamento do que ocorrera no caso da Cigana e avaliou o resultado como promissor: “No primeiro momento, as pessoas podem estranhar, mas esse samba tem tudo para dar certo. As letras conversaram de maneira mais tranquila e a escola acredita que temos nas mãos o samba do carnaval”.
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