O diretor de Relações Institucionais da Liesa, Hélio Motta, participou nesta quarta-feira da mesa “Samba-Enredo na Era Digital”, no Rio2C, o maior encontro de criatividade da América Latina, que acontece na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Durante o papo, ele revelou que o álbum ao vivo do Carnaval 2024 teve um crescimento de 200%.

Foto: Reprodução de internet

“O álbum do estúdio reflete o ambiente pré-campeonato. É uma pressão gigantesca em termos de produção para cada escola ter o seu melhor fonograma. A gente entrega para o público 50% do nosso espetáculo antes dele acontecer. Esse ano gravação aqui na Cidade das Artes, na Sala de Orquestra. Trouxemos todas escolas e ficou muito bacana. O álbum ao vivo é a captação de todo mundo junto, a emoção que só a gente consegue captar. A ideia é tentar trazer a emoção da Sapucaí para dentro de casa. Tentamos traduzir isso. O sistema de áudio no carnaval é super complexo. O espetáculo é realizado com as pessoas andando e os fogos acontecendo. A captação é complexa. O álbum ao vivo temos que captar. Temos curva de aprendizado. Crescemos mais de 200%”.

Hélio Motta contou que há três anos a Liesa mudou e “conversa mais com o público consumidor”.

“O evento era totalmente offline. A Liga não conversava com o consumidor final. Nos últimos três anos, nós criamos uma marca do evento, a Rio Carnaval, para poder se comunicar diretamente. Nesse caminho de remodelação que apresentamos a mudança significativa para Liga e para gravadora. Com a parceria com a ONErpm tivemos acessos aos dados e com isso criamos novos produtos para atender diretamente qual era a demanda do público. Agora, a gente pode ter acesso a todas ferramentas. Podemos perceber comportanto e hábitos do consumo. A produção do estúdio é para um campeonato que vai acontecer em fevereiro dentro do Sambódromo. É diferente de qualquer artista ou indústria fonográfica. Quando a gente lança o álbum de estúdio é muito alto e o consumo é gigantesco. Na ideia de renovar o público, quando entra o álbum ao vivo, tem o sambista que consome o ano inteiro e o público que tem a experiência de entretenimento. O ao vivo tem o uso contínuo. Continua na playlist de muita gente. Após o campeonato quem gosta de samba quer escutar o ao vivo. Agora, a gente tem que fazer todos álbuns. Não podemos voltar atrás”.

O dirigente da Liesa contou novidades que podem surgir no futuro. “Tivemos quatro sambas entre os virais do Brasil. O algorismo não vê a emoção, ele percebe o play. Estamos desenvolvendo estratégias para estarmos ainda mais em evidência nas plataformas. A tecnologia nos ajuda a trazer na imersão. A partir deste momento, vamos poder trazer o público para dentro da Avenida”.