Pelo terceiro ano consecutivo sendo realizado no carnaval do Rio de Janeiro, os mini desfiles das escolas de samba do Grupo Especial conquistaram mais uma vez a aprovação do público presente na Cidade do Samba, na primeira noite, na última sexta-feira. A estrutura para a movimentação até o palco dos esquentas e o som foram problemas apresentados pelos entrevistados pelo site CARNAVALESCO.

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Foto: Nelson Malfacini/CARNAVALESCO

No primeiro dia de evento, além dos tradicionais mini desfiles das seis escolas que desfilaram no domingo de carnaval , a Cidade do Samba também recebeu um show inédito do cantor Diogo Nogueira e apresentação do Cordão da Bola Preta. O público também teve à disposição uma variedade de comidas e bebidas estarão à venda, em barraquinhas espalhadas pelo local.

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O evento, em comemoração ao Dia Nacional do Samba, serve como um grande evento de encontro dos sambistas com suas escolas antes dos ensaios técnicos na Marquês de Sapucaí, pista oficial de desfiles. O carioca Mário Jorge, torcedor da Portela, ressaltou, além da organização, a oportunidade de ouvir ao vivo os sambas das escolas do Grupo Especial.

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Carioca Mário Jorge, torcedor da Portela

“Estou adorando, movimenta a Cidade do Samba, é uma oportunidade de unir o povo do samba novamente. É muito importante para ver o clima das escolas e ouvir os sambas ao vivo, muita gente não tem oportunidade de ir às quadras ouvir os sambas ao vivo. A Cidade do Samba está bem receptiva visualmente, tudo bem organizado, não tenho nada a reclamar”, destacou Mário.

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O sistema de som montado na Cidade do Samba, no entanto, foi apontado negativamente pelo sambista.“Eu só acho que poderiam espalhar mais caixas de som pela Cidade do Samba, ficaria um pouco melhor”, comentou Mário.

A organização, a estrutura e a pontualidade do evento também foram destaques para o carioca Gibson Romão. O torcedor da Portela, no entanto, criticou o espaço “apertado” para o público, além de ter que ir até o palco para acompanhar os sambas antigos.

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Gibson Romão, torcedor da Portela

“Estou gostando muito, está bem pontual, as coisas estão fluindo bem, a estrutura está muito boa. Trouxe uma galera de São Paulo para ver, está valendo muito a pena. É um esquenta muito bacana para o carnaval. Eu melhoraria a estrutura para a galera assistir. Está muito apertada, ainda temos que ir lá para o palco ver o show, com o esquenta e voltar para cá”, salientou Gibson.

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A carioca Gabriella Moreira, de 32 anos, aprova a ideia da realização anual de mini desfiles na Cidade do Samba. Para a professora de matemática, que desfila de baiana em 17 escolas, salienta a leveza e alegria para os componentes desfilaram mais soltos, sem a responsabilidade de avaliação.

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Gabriella Moreira, de 32 anos, aprova a ideia da realização anual de mini desfiles

“O evento foi muito interessante, por movimentar o dia nacional do samba e mostrar a cidade do samba, que é onde é feito o carnaval. Foi muito legal, o desfile um pouco mais rápido, o componente tá mais leve. Eu sou baiana de escola de samba, vendo esse desfile mais leve, é bem interessante”, comentou.

A troca do palco para a pista também foi alvo de críticas de Gabriella Moreira. “Eu acho que essa dinâmica do palco para vir para pista é meio confusa. Acho que podem organizar melhor isso, essa questão de ir e voltar do palco”, criticou.

Pelo segundo ano consecutivo nos mini-desfiles, o músico Domenico Mônaco, de 33 anos, ritmista da Porto da Pedra, elogiou as melhorias na parte de organização em relação ao evento do ano passado.

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Músico Domenico Mônaco, de 33 anos, ritmista da Porto da Pedra

“O evento está melhor na parte de logística, mais estruturado que o do ano passado. A organização está melhor, tanto em horário, o suporte para os ritmistas, eu vim tocando hoje pelo Porto da Pedra. Esse ano está nota 10”, elogiou.

O ritmista aponta melhorias na parte da divulgação e promoção do evento do Dia Nacional do Samba.“A divulgação poderia melhorar. A divulgação é a alma do negócio, isso aqui é carnaval, festa para o povo. Uma divulgação melhor, chamar mais as comunidades, chamar mais esse povo que é das quadras, da escola para dentro do evento”.

Torcedora da Beija-Flor, a carioca Kátia Amaral, da Rocinha, foi pela primeira vez à Cidade do Samba no último sábado. Com muitos elogios ao evento, Kátia critica o atendimento ao público, sobretudo na venda de ingressos.

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Torcedora da Beija-Flor, a carioca Kátia Amaral, da Rocinha

“O evento foi muito bom, não esperava, é a primeira vez que estive aqui. As escolas foram nota 10. O atendimento ao público poderia melhorar. Minhas amigas chegaram para comprar ingresso só pra hoje e só queriam vender os dois dias”, disse.