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De olho nos quesitos: o que os jurados mais puniram em alegorias nos últimos cinco anos

O regulamento do Grupo Especial é baseado na punição de erros cometidos na avenida. Se por um lado há críticas a esse modelo punitivo, por outro ele é bastante claro no que diz respeito ao quesito alegorias e adereços, um dos mais punidos pelos jurados. Este é o tema da série de reportagens ‘De olho nos quesitos’ que o site CARNAVALESCO preparou para mostrar onde as escolas mais precisam estar atentas em cada um dos nove quesitos em julgamento.

Mangueira Desfile2019 159

Uma escola de samba inicia seu desfile com 10 pontos e a cada falha cometida vai perdendo décimos. O quesito alegorias e adereços envolve muitos parâmetros de julgamento. Como é julgado dentro da parte estética do desfile, avalia a concepção e a realização. Com a evolução do quesito, uma alegoria hoje em dia possui movimentos em suas esculturas, grandiosidade em seus projetos, iluminação, volumetria. Cada falha é um décimo a menos.

Viradouro desfile2019 106

Nossa reportagem levantou todas as justificativas divulgadas pela Liesa nos últimos cinco anos e encontrou o calcanhar de aquiles das escolas no quesito alegorias e adereços. Dentro da concepção de cada carro alegórico o julgador observa a ideia do carnavalesco, a adequação da proposta ao enredo e se o conceito estava apresentado de maneira clara.

Portela Desfile2019 109

Nesse sentido, assim como no quesito fantasias, a falta de leitura e clareza dos carros é apontada como a principal causa de perda de décimos. É bastante comum ao se ler as justificativas dos julgadores e encontrar a falta de leitura dos carros como fatores para a perda de décimos. Um exemplo foi o desfile da Beija-Flor no Carnaval 2019, onde o conceito do conjunto alegórico foi bastante criticado pelos jurados, como Mauro Senna.

“Excessiva liberdade poética nas fábulas ‘As raposas e as uvas’ e ‘A cigarra e a formiga’, alusivos a fatos reais atuais, prejudica o entendimento da mensagem a ser transmitida pelas alegorias”, avaliou.

No outro sub-quesito de alegorias e adereços, realização, estão as maiores punições sofridas pelas escolas. É nesse aspecto que se encontram os problemas mais visíveis encontrados nas alegorias: falhas de acabamento, problemas no projeto luminotécnico, ausência ou falha de elementos que constavam no livro abre-alas. Em 2018 e 2019 os desfiles do Império Serrano sofreram com fortes problemas de alegorias que evidenciam as falhas de realização, como o julgador Mauro Senna deixou claro em sua justificativa: “Tripé pede passagem: letreiro luminoso com o nome da escola parcialmente apagado”.

É curioso constatar como raramente as escolas são punidas na concepção artística. Se o julgador vir aquilo que estiver exposto no abre-alas e compreender, geralmente a nota aplicada é 5,0. É na realização que ocorre o maior número de punições, devido às falhas e erros visíveis ao olho humano.

Aspectos mais citados pelos jurados em alegorias desde 2015:

– Falta de leitura
– Falhas de acabamento
– Elementos estranhos na alegoria
– Alegoria apagada
– Pouco impacto visual
– Conjunto irregular

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