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De olho nos quesitos: mudanças no manual do julgador de bateria vão colocar a prova a excelência

Conhecido por ser o segmento com mais notas dez, alterações sutis testarão os ritmos

Não é segredo de ninguém que ritmo de bateria de escola de samba, no grupo especial do Carnaval Carioca, é sinônimo de excelência. As qualidades técnicas dos ritmistas, o nível de exigência de comparecimento a múltiplos ensaios e as próprias notas, a cada carnaval, servem de base para comprovar essa afirmação. Mas mudanças simples e pontuais em relação ao manual do julgador de bateria do Carnaval 2024 podem acabar alterando a atual perspectiva, envolvendo a já esperada chuva de notas dez.

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bateria quesito
Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

No manual do Carnaval 2025, alguns subitens no intuito de deixar o julgamento mais claro e direto, junto de parâmetros novos foram incluídos. Na parte de manutenção regular e sustentação da cadência em relação ao samba foi adicionado que será despontuado qualquer alteração brusca que comprometa o andamento desenvolvido. Como era mais genérica a forma anterior, a última frase atual serviu para dar um direcionamento mais preciso. Vale a atenção de cada ritmo para ficar ligado em retomadas, evitando subir correndo e assim correr risco de perder eventuais décimos.

Outros dois subitens foram incluídos após esse trecho. O primeiro disserta sobre o arranjo musical, dizendo para o julgador levar em conta a criatividade, a versatilidade e o grau de dificuldade da execução. Criatividade e versatilidade já existiam o manual do ano passado, mas nada dizia de forma expressa sobre arranjo musical, nem sobre grau de dificuldade de execução.

Avaliar a capacidade criativa de um arranjo é algo bastante subjetivo e existe certo receio quando se julga algo desse tipo, assim como a avaliação do grau de dificuldade de execução é um subitem que demanda extrema cautela. Existe um processo notório de evolução musical, no que tange a dificuldade de execução das bossas. Entretanto, arranjos musicais simples são tão eficazes quanto os mais complicados. Por vezes, inclusive, possuem maior impacto sonoro do que uma bossa bem mais elaborada e trabalhada. Até pior do que prejudicar o julgamento atual, esse é um trecho que merece uma futura revisão para que não seja consequência de futuramente só existirem bossas difíceis de serem feitas.

O último item adicionado trata da adequabilidade e perfeita execução de bossas e paradinhas. O texto é específico e bem conciso, dando um direcionamento claro. No fundo os próprios julgadores já julgavam isso, mas não estava presente de forma expressa dentro do manual, sendo sua inclusão textual necessária.

Já no trecho de “não levar em consideração”, o texto aborda de forma clara para os jurados ignorarem qualquer ausência de naipe ou mesmo questões inerentes ao estilo da agremiação, deixando evidenciado que cada bateria tem por tradição sua própria característica. Outro subitem que vale ser mencionado é que agora ficou registrado por escrito que a avaliação deve ser no campo de visão e audição direta da cabine do julgador, não podendo ser julgado um erro em outro módulo, através da caixa de som.

A última parte que levantou algumas dúvidas, gerando debates, está contida em observação. Ela aborda a questão do tempo mínimo de apresentação e diz que não é obrigatória a parada de frente para o módulo. Cabendo ao mestre avaliar o tempo de apresentação necessário para apresentar o trabalho desenvolvido e ao julgador avaliar se o tempo foi suficiente, ou não, para observar os critérios do manual. Não existe, portanto, um direcionamento claro do tempo ideal por parte do júri para poder avaliar um ritmo de uma bateria. Existe certo temor que isso abra brecha para que apresentações enxutas, mas eficazes, sejam penalizadas por abrir um perigoso precedente envolvendo a subjetividade desse trecho dentro do próprio julgamento.

Diante das mudanças pontuais, resta saber como será a avaliação do quesito que mais representa a excelência em notas, que é o de bateria. Mais ainda, se trata de um desafio sem precedentes para os julgadores de bateria do Carnaval 2025, de demonstrarem uma avaliação a altura de cada trabalho musical apresentado. O nível técnico do ritmo das baterias cariocas merece um julgamento seguindo a linha da exatidão e da coerência.

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