728x90
InícioIntendenteCubango lança sinopse e define regras para disputa de samba-enredo

Cubango lança sinopse e define regras para disputa de samba-enredo

A Acadêmicos do Cubango já definiu as regras do seu concurso de samba-enredo para o Carnaval 2024. Com o enredo desenvolvido pelos carnavalescos Gabriel Haddad, Leonardo Bora, Thayssa Menezes, Theo Neves, Sophia Chueker, Jovanna Souza, Joanna D’arc Prosperi e Rafael Gonçalves, a Verde e Branca de Niterói levará para a Intendente Magalhães o enredo “Os pássaros da noite e os segredos das criações”. O concurso é aberto para todos os compositores e a parceria vencedora da disputa levará o prêmio de R$ 20 mil. A entrega oficial da sinopse foi no último dia 25 de Julho, na quadra da Acadêmicos do Cubango, na Rua Noronha Torrezão, número 560.

cubango enredo2024
Foto: Divulgação

A Acadêmicos do Cubango já definiu as regras do seu concurso de samba-enredo para o Carnaval 2024. Com o enredo desenvolvido pelos carnavalescos Gabriel Haddad, Leonardo Bora, Thayssa Menezes, Theo Neves, Sophia Chueker, Jovanna Souza, Joanna D’arc Prosperi e Rafael Gonçalves, a Verde e Branca de Niterói levará para a Intendente Magalhães o enredo “Os pássaros da noite e os segredos das criações”. O concurso é aberto para todos os compositores e a parceria vencedora da disputa levará o prêmio de R$ 20 mil. A entrega oficial da sinopse foi no último dia 25 de Julho, na quadra da Acadêmicos do Cubango, na Rua Noronha Torrezão, número 560.

Conheça a regra das disputas:

1. Só será permitido o número máximo de 10 compositores por samba (já incluso participação especial);

2. A entrega dos sambas será no dia 28 de Agosto de 2023 das 19h às 23h, na quadra do Acadêmicos do Cubango, Rua Noronha Torrezão – 560;

3. Apresentação dos sambas – 01 de Setembro de 2023 às 22:00h, na quadra do Acadêmicos do Cubango;

4. No dia da inscrição do samba, serão exigidas: 10 letras impressas, um arquivo (MP3) com a gravação do samba, e uma taxa de R$ 50 reais por compositor;

5. Ficam expressamente proibidos fogos de artifícios no interior e na parte de fora da quadra;

6. Em caso de brigas ou atitudes que venham “manchar” a imagem da agremiação, o(s) compositor(es) responsável(eis) poderá(ão) ser afastado(s) e ter o(s) seu(s) samba(s) eliminado(s);

7. Serão distribuídos, para cada obra, 50 ingressos, em toda a semana que antecede as disputas. Esses só terão validade até as 23h;

8. Haverá uma limitação em relação a quantidade de músicos e cantores: 4 Cantores, 3 cordas e um atabaque – necessário solicitar com antecedência. É proibido qualquer outro tipo de percussão. Sendo assim, haverá, somente, o pedal da agremiação;

9. Todas as obras inscritas deverão adquirir 10 baldes de cerveja, no bar da agremiação, a cada semana da disputa;

10. O samba campeão do concurso poderá sofrer alterações, em letra e/ou melodia, de acordo com a necessidades da diretoria da agremiação;

11. No dia da entrega no samba, 28 de agosto de 2023, cada parceria gravará conteúdos com a equipe de comunicação da Agremiação, que serão postados nas redes sociais;

Leia abaixo a sinospe do enredo “Os pássaros da noite e os segredos das criações”

Elas não são boas nem más.
Elas são o que são.
Elas são o poder.
Elas são o poder, a energia e a força.
Elas são o segredo.
(Iyá Ajé)

Ìyámi, minha Mãe, o mistério será preservado!
Sob as suas asas sagradas repousa o segredo das criações.
És a faísca geradora de tudo e a existência essencial para a manutenção da vida.
Somos todos seus filhos e filhas.
O princípio feminino é, genuinamente, a gênese da preservação do mundo, o ventre-mãe.
Nos primórdios de tudo, Oduduwá: a grande divindade materna e o útero ancestral da Terra.
O segredo criacional do Aiyê se dá pela mística e pela força feminina do (re)criar, fertilizar e transformar.
Entre máscaras e danças, o secreto ritualizar de uma sociedade tradicionalmente mulherista, Gèlèdé.
Sem o poder gerador das mulheres, a humanidade não tem continuidade.
Carnavalizamos o fazer vital das manifestações femininas, do coletivo gerador de energia que, rodando, dançando e cultuando, nos ensinam sobre as suas próprias dinâmicas de existência: Candomblés.
Salvador, o primeiro barco cruza a calunga e nascem os primeiros filhos da dinastia de três mães e a linhagem-matriz de uma afrosofia matriarcal e coletiva.
Nossa Senhora da Boa Morte, rogai por nós!
É nas irmandades femininas oriundas da Bahia que encontramos as estratégias de sobrevivências incrustadas nas tecnologias de reverenciar e preservar o sagrado que existe por trás de tudo o que foi criado.
O recomeço se faz na iniciação – nascer pro Orixá é se reconectar com o continente mãe, volte e pegue.
Mães Baianas, o baobá da criação, saberes e sabores no tabuleiro
daquelas que tudo nos ensinaram.
Tia Ciata gestou em seu quintal um solo fértil de memórias e fundamentos.
Semba que o samba é reza, rito, festa e Carnaval.
Cubango, um terreiro assentado por mãos e mães.
A primeira bandeira foi tecida por fios de contas e batizada por aquelas que jogam pipocas pra São Lázaro.
O Morro do Abacaxi, o chão vermelho de terra batida e a procissão inicial do padroeiro, Atotô!
Tudo isso nos permite reconstruir o imaginário de mães fundadoras.
Viver é partir, voltar e repartir!
Cubango é cabaça ancestral e também a nossa filha!
Aqui será (re)construída a história!

Pesquisa: Gabriel Haddad, Joana D’Arc Prósperi, Jovanna Souza, Leonardo Bora, Rafael Gonçalves, Sophia Chueke, Thayssa Menezes, Theo Neves
Texto: Thayssa Menezes
Enredo tecido a partir do diálogo com fundadores, baluartes e sambistas do GRES Acadêmicos do Cubango, a quem pedimos a bênção.

Referências Bibliográficas
ALMEIDA, Acácio; REGINALDO, Lucilene. Irmãs da Boa Morte: Senhoras do Segredo. In: Anais do 4.º Congresso Afro-Brasileiro (1994), Recife, PE: FUNDAI, Editora Massangana, 1996, p. 98-110.
ALMEIDA, Angélica Ferrarez de. A tradição das tias pretas na Zona Portuária: por uma questão de memória, espaço e patrimônio. Dissertação de Mestrado defendida no Programa de Pós-Graduação em História Social da Cultura da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), 2013.
AZEVEDO, Vanda Alves Torres. Íyàmi: símbolo ancestral feminino no Brasil. Dissertação de Mestrado defendida no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2006.
CORREIA, Sandro dos Santos. A importância das mulheres do candomblé no desenvolvimento de Cachoeira, BA. In: Odeere: revista do Programa de Pós-Graduação em Relações Étnicas e Contemporaneidade – UESB. Ano 2, n. 3, v. 3, 2017.
NOVAES, Luciana de Castro Nunes. As panelas das Feiticeiras: uma etnografia do segredo e ritual de Iyami no Candomblé. Dissertação de Mestrado defendida no Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Africanos da Universidade Federal da Bahia, 2012.
OYĚWÙMÍ, Oyèrónkẹ́. A invenção das mulheres: construindo um sentido africano para os discursos ocidentais de gênero. Tradução de Wanderson Flor do Nascimento. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021.
SILVEIRA, Renato da. O Candomblé da Barroquinha. Processo de constituição do primeiro terreiro baiano de Keto. Salvador: Maianga, 2006.
THEODORO, Helena. Mito e espiritualidade: mulheres negras. Rio de Janeiro: Pallas, 1996.
WERNECK, Jurema. Samba segundo as Ialodês: mulheres negras e cultura midiática. Tese de Doutorado defendida no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2007.

- ads-

X-9 emociona e vence a chuva em grande noite do carnaval de Santos

A primeira noite dos desfiles das escolas de samba de Santos trouxe inúmeras emoções para os presentes na Passarela do Samba Dráusio de Cruz,...

Beija-Flor homenageia em ensaio técnico 14 figuras essenciais na trajetória da escola

Em um ano marcado pelo reencontro com suas raízes, pela homenagem ao eterno mestre Laíla no enredo do Carnaval 2025, pela despedida da sua...

Acabou o caô! Sambódromo recebe alvará definitivo do Corpo de Bombeiros

A Riotur informa que, pela primeira vez, a estrutura do Sambódromo da Marques de Sapucaí recebeu alvará definitivo para a realização de qualquer evento,...