O seminário “Harmonia em evolução”, que reuniu, no último sábado, profissionais renomados de algumas escolas de samba do Rio, na quadra da Viradouro, em Niterói, abordou alguns pontos que precisam ser aprimorados tanto na produção do espetáculo quanto na pista de desfiles.

Foto: Divulgação/Viradouro

A utilização dos tripés nas comissões de frente que teve a funcionalidade questionada recentemente e que, por decisão das escolas, serão mantidos para o Carnaval de 2025, foi tema na mesa que reuniu os casais de mestre-sala e porta-bandeira Daniel Werneck e Taciana Couto, da Grande Rio, Julinho Nascimento, Rute Alves, Thiaguinho Mendonça e Amanda Poblete, 1º e 2º casais da Viradouro. Do debate do qual participaram, ainda, pela Viradouro, Alexandre Moreira, apresentador de casal, e a ensaiadora Juliana Meziat foi feita a defesa do elemento cênico.

Os casais revelaram que o tripé “os protege” de um eventual imprevisto nas fantasias, por exemplo, possibilitando que seja corrigido fora do campo de visão dos julgadores, enquanto a comissão se apresenta em frente às cabines.

Os coreógrafos Priscilla Mota e Rodrigo Negri, da Viradouro, Karina Dias, da Mangueira, e Marcio Moura, da União da Ilha do Governador, concordaram que os tripés ajudam na compreensão do que será mostrado pela escola e lembraram que o pedido para extingui-los não partiu dos julgadores e nem da Liesa. Todos, no entanto, afirmaram serem capazes de criar uma grande comissão sem tripé, mas reforçaram que o “cenário”, além de ser importante para o espetáculo, abre um leque de possibilidades para melhor elucidação do enredo.