Pelo segundo ano consecutivo, os Gaviões da Fiel vêm de cara nova na comissão de frente. A coreógrafa Helena Figueira chegou à agremiação corinthiana durante o andamento do projeto do Carnaval 2025 e, agora, dará prosseguimento ao seu ciclo na escola. Desta vez, ela está assumindo o tema desde o início e tem a possibilidade de estudar ao máximo para extrair o melhor de sua comissão de frente, que representará os povos indígenas, visto que os Gaviões têm como enredo “Vozes Ancestrais para um Novo Amanhã”, abordando o povo Yanomami e a preservação da natureza. Helena Figueira concedeu entrevista ao CARNAVALESCO e falou sobre o projeto para o Carnaval 2026.
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Muito estudo e uma volta ao passado
A coreógrafa revelou que teve experiências com indígenas em uma aldeia durante a adolescência, apesar de nunca ter trabalhado com essa temática. Além dos estudos, ela usará essa vivência a seu favor. “É desafiador e muito interessante. Primeiro, pela leitura que eu fiz para a pesquisa, que foi o livro ‘A Queda do Céu’, escrito por Davi Kopenawa. Conhecer essa literatura indígena já foi um prazer. Nesse processo de Carnaval, eu tenho uma experiência de danças sagradas indígenas. Fiquei um tempo na aldeia estudando quando tinha 16 anos, junto com a minha avó. Então, é legal poder resgatar coisas que são da minha adolescência. Acho que é urgente que a gente fale com esse olhar que os carnavalescos estão buscando como proposta para o nosso enredo. É um assunto importante, que tem a ver com o futuro da humanidade. Estou muito feliz em fazer parte”, celebrou.
Montagem da comissão de frente em andamento
Helena não quis revelar detalhes sobre a apresentação da comissão de frente na pista, mas contou que o trabalho está em pleno desenvolvimento, tanto na parte de estudo, ao lado de Júlio e Rayner, quanto na técnica. Com o samba definido, a montagem da coreografia de avenida começa a ganhar forma. “Não posso dar spoiler! A comissão de frente vem incrível, isso é o que eu posso dizer. A gente já tem um projeto definido. Logo que veio o enredo, a gente já tinha uma ideia para a comissão de frente. Estamos trabalhando super bem, junto com a diretoria e os carnavalescos. A parte técnica e de pesquisa a gente já está desenvolvendo desde agosto, ensaiando. Agora é o momento de montar, de fato, a coreografia de avenida, a partir do samba. Está todo mundo com a mesma ideia, então vamos surpreender”, destacou.
Conhecimento como diferencial
Além de coreógrafa de carnaval, Helena Figueira atua em diversas áreas da dança, participando de inúmeros espetáculos fora da folia. De acordo com ela, toda essa bagagem artística contribui diretamente para o desenvolvimento das coreografias temáticas. “Acho que é bom a gente ter conhecimento em dança, teatro, circo e todas as técnicas de artes cênicas que possam favorecer e auxiliar o nosso material. Tudo é recurso e ferramenta. Quanto mais conhecimento a gente tem, mais profissionalismo a gente alcança — e melhor a gente consegue desenhar o enredo”, finalizou.









