Uma fábula amazonense que conta a tentativa de um visionário da indústria automobilística, em construir uma cidade industrial dentro da Amazônia é o fio condutor do enredo que Mauro Quintaes desenvolverá para que a Porto da Pedra chegue à Marquês de Sapucaí pronta para disputar mais um campeonato em sua história. Com o título “A História que a Borracha do Tempo Não Apagou”, o Tigre de São Gonçalo mostrará em cores e versos, a Fordlândia, nome pelo qual é conhecida a cidade utópica de Henry Ford, fundador de uma das maiores montadoras do mundo.

“Esta é mais uma fábula amazonense que trazemos para o carnaval carioca, contando a saga da indústria Ford, através de seu fundador Henry Ford que, no início do século XX, chegou à conclusão que os quatro ou cinco pneus que o modelo Ford T, carro mais popular produzido à época, custavam mais caro que o próprio veículo. Em um sonho utópico, ele decide construir uma cidade com todos os moldes de uma cidade americana, a Fordlândia, um pedaço da América dentro da Amazônia. A partir de então, a cultura capitalista tenta impor comportamentos que não lhe pertencem dentro daquele universo e aí, começamos a discutir valores muito interessantes que se perpetuam até os dias atuais”, comenta o carnavalesco.

O tema, uma importante reflexão sobre a floresta, a natureza e os conflitos entre as identidades culturais, tem pesquisa de Diego Araújo que, pelo terceiro ano, está ao lado do carnavalesco no desenvolvimento dos enredos da vermelha e branca.

A sinopse tem previsão de entrega para a segunda semana do mês de julho. Em 2025, a Porto da Pedra será a quinta escola a desfilar no sábado de carnaval, 01 de março.