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Comunidade tricolor reage ao vice-campeonato da Grande Rio

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As amigas Elisabete, Solange e Ivonilde

Em uma disputa acirradíssima, a Grande Rio se consagrou como a vice-campeã do Carnaval 2025, ficando atrás da Beija-Flor de Nilópolis por um décimo de diferença. A comunidade tricolor marcou presença em peso na quadra de Duque de Caxias para assistir à apuração na Quarta-feira de Cinzas. Houve muita comemoração ainda no primeiro quesito, quando a escola levou 10 em enredo. A cada tropeço da Nilopolitana e da Imperatriz Leopoldinense, a galera ia ao delírio e vaiava fortemente quando ambas recebiam a pontuação máxima. No final, apesar da ótima colocação, quem desfilou não conseguiu esconder a decepção por quase ter chegado lá.

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“Não acreditaram que nós seríamos capazes de ganhar, mas a Grande Rio é a verdadeira campeã. Os jurados tiraram um ponto de onde nunca tínhamos perdido, que é a bateria. O mestre Fafá é o melhor. Ele não merecia isso, foi covardia. Não estou feliz pelo segundo lugar”, bradou a plenos pulmões a baiana Elisabete Avelar, de 65 anos, em total revolta. Em contrapartida, sua amiga e parceira de ala, Ivonilde Sabino, de 57 anos, tem sentimentos moderados em relação ao vice-campeonato, embora acredite que a escola sofreu uma injustiça.

“O segundo lugar é aceitável, até porque a Beija-Flor está perdendo um grande intérprete mas não justifica tirar dois pontos da bateria. Jamais! Foi covardia, sim! Infelizmente, existe isso no mundo do samba: não ganha quem foi o melhor, ganha quem contribui mais.”

Destoando das parceiras, Solange Gomes, que completa o trio de amigas baianas, está satisfeita com o resultado. “É ótimo para mim, pois também amo a Beija-Flor. Gosto do Fafá e acho que foi injusto com ele, mas estou ótima com o segundo lugar da Grande Rio, porque é uma excelente colocação”, confessa a senhora de 69 anos, que agora só pensa em comemorar.

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Anderson Reis, ritmista

A grande decepção da apuração veio da bateria, onde a escola perdeu dois décimos com duas notas 9,9. O ritmista Anderson Reis, de 44 anos, que toca marcação, acredita que houve um equívoco inexplicável por parte dos jurados ao apurar esse quesito.

“O sentimento é de derrota. A escola veio tão bem que não sei de onde os jurados tiraram esses dois 9,9. Mas fazer o quê? Carnaval é assim, uns sorriem e outros choram. Estou feliz que ela vai voltar nas campeãs, mas todos queríamos estar mais felizes ainda no primeiro lugar. Não acredito que tenham ocorrido erros na bateria, que é sempre muito certinha. Vamos esperar o resultado das justificativas para verificarmos o que os jurados viram de diferente que os outros não viram”, disparou logo após o anúncio do resultado.

Quem concorda com ele é Clenita Santos, de 56 anos, torcedora que desfila pela Grande Rio há três anos: “Estou muito chateada com esse jurado e espero que, lá na frente, ele entenda isso, porque nós, da Grande Rio, trabalhamos muito. O carimbó veio para mostrar o Pará. Ele tinha que estar presente na bateria. Esse 9,9 foi totalmente injusto. Estou muito frustrada. Eu não aceito o vice, porque nós somos campeões.”

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Elisabete Moraes veio de Belém para assistir ao desfile

Na terça-feira (4), a plateia da Sapucaí se encheu de paraenses para ver a Grande Rio homenagear o estado do Pará com o enredo “Pororocas Parawaras: as águas dos meus encantos nas contas dos curimbós”. Esse mesmo público também estava presente na quadra verde, vermelha e branca, como é o caso de Elisabete Moraes, de 51 anos, que veio de Belém apenas para assistir ao desfile e, apesar da derrota, achou que a viagem valeu a pena.

“Acredito que foi um resultado justo. Assisti à Beija-Flor e achei muito bonita. Também é o último ano do Neguinho. Mas a nossa escola não ficou atrás, pois estava muito bonita. A Grande Rio fez um trabalho muito lindo e, quando entrou, levantou o público. Volto para o Pará muito feliz.”

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