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Comunidade empolga, mas conjunto visual do Camisa Verde e Branco deixa a desejar

Assim como nos ensaios técnicos e de quadra, os componentes abraçaram o samba. Plástica da escola deixou a desejar.

O Camisa Verde e Branco fechou a primeira noite de desfiles do Grupo Especial. A apresentação foi marcada pelo canto da comunidade, bateria “Furiosa e o carro de som comandado pelo Igor Vianna. Porém a parte plástica deixou muito a desejar. Nitidamente o Trevo da Barra Funda jogou com o regulamente, utilizou materiais mais acessíveis financeiramente e a briga, diante de todos os acontecimentos no ciclo carnavalesco da escola, é brigar para se manter no Grupo Especial.

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Comissão de frente

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A ala, coreografada por Luiz Romero, desfilou representando “As poesias de Cazuza e sua máquina de escrever a vida”, onde nela havia três personagens, sendo o Cazuza adulto e criança, além dos fantasiados de “Poesias de Cazuza” – O tripé, bastante utilizado na encenação, representava a máquina de escrever. Entre o Cazuza infantil e o adulto, que eram os principais, o primeiro era o que mais aparecia na dança. Ambos circulavam pela pista e também usavam o espaço do elemento alegórico. O pequeno vestia uma roupa e penteado estilo anos 60, enquanto o adulto estava com uma indumentária ‘descolada’, típica de Cazuza – Regata e óculos: O objetivo da comissão foi exaltar a musicalidade dele e mostrar os movimentos do rock através dos principais personagens.

Mestre-sala e Porta-bandeira

O casal Everson Sena e Lyssandra Grooters estreou pelo Trevo representando a “Musicalidade do poeta”, dançou pela pista fazendo coreografias e também executando os giros, mas principalmente optando pela primeira estratégia. Os estreantes como dupla, assim como nos ensaios técnicos, mostraram que não sentiram o peso da estreia e conseguiram ficar sincronizados rapidamente.

Enredo

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O Camisa Verde e Branco levou para a avenida o enredo “O tempo não para! Cazuza – o poeta vive!”. Dentro disso, a narrativa foi passar pela história do poeta e suas músicas, desde a infância na comissão de frente, o Barão Vermelho, os shows no Disco Voador e, por fim, ser um poeta e assinar uma carta à sua mãe Lucinha, que esteve presente na última alegoria.

Alegorias

O abre-alas da escola representou “O teatro de operações vitais” – Com uma iluminação toda verde, na frente havia uma escultura toda prateada com o rosto do Cazuza. Esculturas de discos e espécies de rodas com pessoas dentro.

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A segunda alegoria, nomeado como “Voando com Barão Vermelho pro festival de rock” – Notou-se falhas de pintura nesta alegoria. O terceiro carro alegórico simbolizou “Brasil mostra sua cara”: Nele, havia uma escultura de um indígena com um óculos escuros, fazendo um paralelo do povo nativo com o próprio Cazuza.

A alegoria que fechou o desfile do Trevo da Barra Funda passou na pista como “Cazuza vive, tributo ao poeta“ – O emocionante carro do desfile, cujo havia uma escultura no topo do Cazuza escrevendo com a presença da mãe do homenageado, Lucinha. Claramente esta alegoria faz alusão ao samba-enredo no verso: “Te amo, Lucinha!/Assina, Cazuza”
Algumas falhas de acabamento e pinturas foram notadas. Ideias boas, mas simples execuções deram o tom no desfile do Camisa. O carnaval de São Paulo não é efeito comparativo, mas em uma noite em que houve um gigante desempenho de alegorias (especialmente abre-alas), o nível do Trevo foi bem abaixo do grupo.

Fantasias

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As vestimentas da escola estavam corretas, mas não usaram materiais comuns que se fazem nos costeiros, como plumas ou penas. O Camisa, visualmente, optou por uma estética de objetos com menos requinte. Apesar de jogar com o regulamento, no quesito, a escola não estava preparada para apresentar algo de impacto.

Samba-enredo

Comandado por Igor Vianna, o carro de som do Camisa Verde e Branco mostrou um nível satisfatório de ritmo nesta manhã. Vale destacar a introdução na largada, onde a ala musical canta a música “Pro dia nascer feliz”. Empolgou o público na larga, que fez a arquibancada cantar a uma só voz. No decorrer do desfile, com seus competentes apoios, deram uma sustentação satisfatória ao samba-enredo.

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Evolução

Foi um quesito correto no desfile. As alas desfilaram levemente, dançando e cantando a obra. Não há coreografia dentro do samba. Havia o efeito do “A Barra Funda mostra sua cara/Relembrando o seu apogeu/Declama em lindos versos/O poeta não morreu” com as palmas no alto, mas a presença das fantasias prejudicou os movimentos.

Outros destaques

A bateria, vestida de “O poeta visceral”, apresentou uma variedade de bossas, especialmente no recuo de bateria, onde o mestre Jeyson sinalizava para o jurado que ali estava.

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