Por Guilherme Ayupp
A Beija-Flor voltou às ruas de Nilópolis neste domingo. Na tradicional Mirandela, no centro do município, uma verdadeira multidão foi acompanhar o treino da Deusa da Passarela. E quem saiu de sua casa em pleno domingo não se arrependeu. Viu um ensaio com o padrão que a Beija-Flor se acostumou a exibir. Mérito total para a comunidade nilopolitana, que demonstra seguir sendo uma das mais fortes do carnaval, impulsionando a apresentação da azul e branco por quase duas horas na rua. (Fotos: Eduardo Hollanda)
“O ensaio de rua é importante para podermos testar o andamento da escola em um percurso próximo ao que teremos na avenida. Podemos fazer simulações da apresentação de casal em pontos do percurso que representarão os módulos de jurados, a bateria pode simular saída e entrada de recuo e também temos mais uma prova dinâmica de manutenção do canto e evolução da escola como um todo. Nesse sentido foi bastante proveitoso nosso treino, com muita gente podendo acompanhar. a Mirandela estava lotada. Consegui realizar tudo que foi planejado nesse primeiro treino. Estou bastante satisfeito com o resultado. O nosso povo está cantando o samba, as alas que têm feito treinos específicos demonstram um bom resultado, acho que vem dando certo essa forma de ensaio segmentado”, disse Válber Frutuoso, diretor de carnaval.
Harmonia
A comunidade demonstrou sua força no canto durante todo o ensaio. Desde a arrancada as alas cantavam bastante a obra. Nossa reportagem passou por todas as alas e permaneceu um bom tempo no final da escola, e mesmo afastada do carro de som e da bateria, as alas finais cantaram com a mesma intensidade dos componentes do início da escola.
Evolução
A Beija-Flor levou para o ensaio muitas alas, incluindo algumas coreografadas. O treino atravessou todo o início da noite em Nilópolis e chegou a quase duas horas de duração. Para simular corretamente o desfile, a agremiação usou duas ruas para realizar recuo de bateria. A técnica de ensaio esteve perfeito com um andamento sem aceleramento ou lentidão. As alas estiverem bastante espontâneas e brincantes, com bastante movimentação. As alas coreografadas demonstraram bastante correção e sincronia de movimentos, sem deixar de cantar o samba.
Samba-Enredo
O samba esteve com belo rendimento no ensaio de rua. Embora sem a referência de Neguinho da Beija-Flor, a condução do carro de som foi bem feita pelo jovem Bakaninha, que passou muita empolgação à comunidade. Os cantores demonstraram entrosamento total com a bateria e a escola. Pode-se afirmar que o samba é funcional à necessidade da Beija-Flor.
Bateria
Um ótimo treino da bateria. Com sua característica de priorizar o ritmo e o andamento, os ritmistas dos mestres Rodney e Plínio deram a sustentação necessária ao canto e à dança da comunidade da Beija-Flor ao longo de todo o ensaio. Raíssa, completando 16 anos à frente da bateria, foi muito tietada ao longo de todo o percurso do ensaio.
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Claudinho e Selminha Sorriso participaram de metade do ensaio técnico. A porta-bandeira chegou a treinar inicialmente com o segundo mestre-sala, Zé Roberto. A partir da chegada de Claudinho, seu eterno parceiro, a dupla passou a brindar o público com a característica dança deles, bastante clássica. Claudinho e Selminha fizeram questão de oferecer o pavilhão ao público que acompanhava o treino nas laterais da Mirandela. No final ainda bailaram à frente da bateria antes que ela saísse do recuo.
A Beija-Flor de Nilópolis será a quinta escola a desfilar no domingo de carnaval, primeira noite de desfiles do Grupo Especial em 2019. ‘Quem não viu vai ver, as fábulas do Beija-Flor’ é o enredo da atual campeã do carnaval. A comissão de carnaval desenvolve a temática.