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Comunidade apaixonada! Mocidade encerra ensaios de rua com canto forte e grande público

Maitê e Gaby Mendes, primas e estrelas da escola, brilham juntas em momento família que emocionou o público no último ensaio na Guilherme da Silveira

Por Marcos Marinho e Marielli Patrocínio

Em uma noite de calor e com grande presença do público, a Mocidade Independente de Padre Miguel realizou o seu último ensaio de rua na Guilherme da Silveira. A escola tem se destacado na pré-temporada do Carnaval 2025 com uma harmonia forte e um samba-enredo que conquistou a comunidade. O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira não estive presente ao treino. A comissão de frente, formada exclusivamente por homens e coreografada por Marcelo Misailidis, apresenta uma proposta de transição entre a automatização e a carnavalização da humanidade.

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No início da noite, o intérprete Zé Paulo Sierra homenageou as agremiações que foram atingidas pelo incêndio da confecção Maximus na última quarta-feira,

“Quero me solidarizar com o Império Serrano, Unidos da Ponte e Bangu pelo ocorrido na fábrica da Maximus. Que as coirmãs possa se reerguer e que as autoridades possam fazer algo pelas escola de samba, principalmente nos grupos de Acesso. Esse ensaio é dedicado a esse povo que tanto ama carnaval”, declarou antes de cantar o samba-enredo “Sonhar não custa nada!”, de 1992.

O diretor de carnaval, Mauro Amorim, em entrevista ao CARNAVALESCO, analisou a pré-temporada do carnaval 2025 da Mocidade.

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“Com certeza, hoje foi o nosso melhor ensaio. É possível ver uma comunidade apaixonada pela sua escolas, uns segmentos muito fortes na rua, um trabalho técnico que foi abraçado desde o primeiro dia de ensaio de canto na quadra, no final de outubro. Em abril já estava rolando reunião, capacitação de harmonia, reunião de direção. A gente começou muito cedo, basicamente esse ano a gente não parou. O trabalho começa muito cedo e hoje a gente vê o resultado do trabalho da comunidade, o reflexo do que a gente planejou muito lá atrás mesmo. Estou muito feliz com o resultado do nosso trabalho de rua. A gente tinha o compromisso de tentar fazer desse ensaio o melhor ensaio. É nítido que a força da nossa comunidade provou que a nossa estrela pode renascer”, declarou o diretor de carnaval.

Comissão de Frente

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Não se pode negar que a proposta da comissão, coreografada por Marcelo Misailidis, é inequívoca e bem apresentada por um elenco formado exclusivamente por homens. É notório que o coletivo performa a transição de uma humanidade automatizada para uma humanidade carnavalizada. A coreografia, marcada por giros, saltos e movimentos dinâmicos, convida os espectadores a uma leitura descomplicada do enredo. Em contrapartida, levando em consideração o que vem sendo apresentado na pré-temporada de carnaval, vale a pergunta: com que movimentos os corpos das mulheres transicionam para o futuro que a Mocidade tematiza em seu enredo?

Harmonia e Samba-Enredo

O último ensaio de rua destacou um dos pontos mais sólidos da Mocidade: a harmonia. O canto da escola evidenciou como o samba-enredo empolgou a comunidade, que interpretou a obra com clareza e intensidade. Esse desempenho é resultado da sintonia entre o carro de som e a bateria, que fornecem as bases necessárias para que a comunidade cante de forma unida e com energia.

Em entrevista ao CARNAVALESCO, o intérprete Zé Paulo Sierra analisou o último ensaio de rua da Mocidade. “É um balanço positivo. Acho que a gente vem numa boa crescente e demonstrou um pouco do que a gente pode fazer no desfile, de evolução, de canto e aqui a gente não tem o contingente todo. É uma rua que não é nem de perto o que é a Marquês de Sapucaí, mas essa comunidade é incrível. Eles cantam demais, eles amam muito essa escola, dão muito carinho para a gente e eu gosto muito. Eu estou muito feliz aqui”, declarou.

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Já o líder da “Não Existe Mais Quente”, Mestre Dudu, falou sobre o trabalho da bateria em cima do samba-enredo nessa pré-temporada de carnaval.

“Para a minha felicidade, a escola acertou o samba que é a cara da bateria. É um pouco diferente do ‘Caju’, que viralizou no carnaval do ano passado. É um samba que eu tive que colocar o beat um pouco pra frente. A nossa bateria é o tempo todo cadência. Estou botando as paradinhas em cima da melodia do samba e esse samba me deu muita brecha pra isso. Por ser um samba muito melódico e que é a cara da Mocidade. Estou muito feliz, o trabalho está pronto”, afirmou.

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Evolução

A evolução foi um dos quesitos que enfrentou alguns desafios. Na despedida da Guilherme da Silveira, o desempenho da ala de passistas chamou atenção por abrir um buraco entre as passistas femininas e os passistas masculinos, na altura do 4º módulo dos jurados. Além disso, alguns desalinhamentos foram observados na bateria, comprometendo momentaneamente a progressão dos ritmistas. Da metade para o final do trajeto, a escola acelerou o ritmo. São pontos que precisam de ajustes finais para garantir um desfile redondo na Marquês de Sapucaí.

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Outros Destaques

Quem sempre rouba a cena dos ensaios da Mocidade pelo carisma e samba no pé é a pequena Maitê Mendes. A 1º princesa da Estrelinha da Mocidade virá como destaque da ala dos passistas no desfile oficial da escola mãe. Ela conversou com o CARNAVALESCO e contou como está se sentindo com o carinho do público e com o convite para vir como destaque:

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“Estou muito animada, meu coração está a mil. Eu me sinto muito acolhida, abraçada pela comunidade, me sinto maravilhosa. Desde 2 anos eu iniciei nessa escola linda, na Estrelinha, e agora recebi o convite para ser destaque”, revelou a pequena.

Já no fim do ensaio, Maitê protagonizou um momento família com a prima Gaby Mendes, musa da escola, à frente da bateria “Não Existe Mais Quente”. Esbanjando samba no pé, as primas mostraram que o samba está no sangue e no chão de Padre Miguel.

Veja mais imagens do ensaio

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