A Rosas de Ouro foi a quinta a desfilar no Grupo Especial do carnaval de São Paulo em 2023. Apresentando na sexta-feira, dia 17 de fevereiro, o enredo “Kindala! Que o amanhã não seja só um ontem com um novo nome”, a Roseira fez do seu desfile um momento de reflexão sobre o real significado da essência da pele preta e como os povos africanos foram fundamentais para a construção de riquezas por todo o mundo, finalizando a apresentação com um grande pedido de perdão. Apostando em um samba que disputou um concurso para outro enredo, em 2005, e que ficou conhecido dentro da comunidade como “Arrasto”, alguns dos principais componentes da Rosas comentaram com o site CARNAVALESCO sobre o desfile.
Isabel Casagrande (porta-bandeira)
Sobre o significado da roupa, que reproduziu o símbolo da escola: “Somos a realeza. Tem a parte rica e depois a parte pobre. É isso que o Paulo quis passar, que vemos na parte nobre porque viemos representando o que pra gente tudo que é rico, que é nobre, é o nosso pavilhão”.
“Passamos bem feliz, tranquilos e confiantes. Pisamos na faixa amarela dizendo que já deu tudo certo, e fazer parte de tudo isso é inexplicável. Foi tudo bem, tudo lindo”.
Everson Sena (mestre-sala)
Sobre desfilar diante da fantasia de Isabel: “Sentimento maior do mundo. Foi um presente para nós quando vimos que a saia da Isabel seria o pavilhão. É muita honra da gente, porque é um pavilhão duplo”.
“Faço das palavras da Isabel as minhas. Foi maravilhoso, passamos tranquilo e deu tudo certo graças a Deus. Agora é só esperar a nota”.
Mestre Rafa (mestre de bateria)
“Hoje trabalhamos mais que em um ensaio técnico. Tive a impressão de que a escola veio bem pra caramba. Acertou o recuo lá com a gente. Eu gostei pra caramba, acho que foi muito bom. Podemos esperar um ótimo resultado. Já disse em outra entrevista que campeonato não, mas um bom resultado sim. Não sendo prepotente, é claro que quero que minha escola seja campeã, mas eu acho que um bom resultado sim. Recuperar alguns degraus dentro da tabela, e quem sabe até conquistar um título. Acho que a Rosas de Ouro está no meio da área. Se pingar a bola lá, chuta que é gol”.
“Fizemos tudo maravilhoso, sensacional. Entregamos tudo e mais um pouco em quase todas as passagens de voz. Quem ouviu aí, viu. É o trabalho, a gente faz esse trabalho assim mesmo, gostamos disso e será sempre assim. Enquanto tiver o Mestre Rafa, essa bateria “Com Identidade”, enquanto for o “Trem Bala do MR” será desse jeito sempre”.
“A gente rege a bateria conforme os desenhos e as frases dos naipes. É muito ensaio. Quem faz as bossas somos nós. Esse ano excepcionalmente foram eu, o Fuscão, o Geovani, Gustavo… Geralmente é 20. Foi a diretoria que fez dessa vez. Não colocamos muito de fora assim. Foi coisa tudo nossa mesmo, coisa da diretoria. O rendimento é conforme os naipes tocam”.
Royce do Cavaco (intérprete)
“Me sinto de alma lavada porque esse samba demorou um pouquinho para pegar no breu. Talvez porque não teve concurso, ele foi reeditado, o pessoal que chegou mais ou menos no final demorou um pouquinho para pegar. Mas como o pessoal vestiu a camisa e comprou a ideia da mensagem do tema num todo, acho que foi alma lavada aqui e agradou o público. A escola cantou loucamente, o torcedor que vimos do nosso ângulo de visão cantou. Foi maravilhoso”.
“Acho que a leitura foi bem didática. Quem não entendeu é porque não quis. Acho que a mensagem foi desenvolvida perfeitamente, o trabalho do Paulo Menezes foi sensacional. Agora é esperar o reconhecimento nos envelopes”.
“Alô, nação da Roseira, nossa nação Azul e Rosa. Muito obrigado pelo apoio de todos vocês, parabéns pelo empenho de todos. Eu sou vocês e vocês são nosso carro de som e nossa bateria. Parabéns pelo desfile que vocês fizeram ao som da nossa voz, é só emoção. CANTA, ROSEIRA!”