A Grande Rio recebeu onze sambas que vão concorrer ao posto de hino oficial da Tricolor de Caxias para o Carnaval 2024. Pelo segundo ano consecutivo, o intérprete Evandro Malandro teve a responsabilidade de gravar todas as faixas em disputa. Com a presença das parcerias na quadra, a escola deu início a disputa na presença do presidente Milton Perácio, do presidente de honra Leandro Soares, do próprio intérprete Evandro Malandro, do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Daniel Werneck e Taciana Couto, além do diretor de carnaval Thiago Monteiro e de segmentos da agremiação. * OUÇA AQUI OS SAMBAS CONCORRENTES

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Fotos: Lucas Santos/CARNAVALESCO

O presidente Milton Perácio falou aos compositores sobre a importância do trabalho destes para a escola. “Hoje é o pontapé inicial, hoje é o ponto de partida, e se Deus quiser de um futuro muito promissor, do bicampeonato que estamos atrás. Cumprimento a todos vocês compositores que são a alma de toda a escola de samba. A Grande Rio parte solenemente, grandiosamente em busco do título. Vocês são os poetas, são as pessoas que transcrevem tudo aquilo que nossos carnavalescos botam muita fé. Quero parabenizar os carnavalesco por este enredo. Para escrever um enredo como esse tem que ter talento, e para fazer um samba sobre esse enredo também tem que ter talento”, sentenciou o presidente.

Em mais um ano de inovações na disputa de samba, o diretor de carnaval Thiago Monteiro explicou de forma resumida o que a escola desenvolveu para o concurso que terá a final em 07 de outubro e apresentou os motivos para algumas medidas tomadas pela agremiação.

“O nosso foco é fazer uma disputa de samba e não de parcerias. Para isso a gente quer deixar que até aquele parceiro mais humilde, consiga colocar o samba na Grande Rio sem muitos ônus. A gente destaca alguns pontos. O primeiro é o Evandro Malandro gravando todos os sambas em um preço abaixo de custo de mercado, combinado com a escola. Ele faz igual para todo mundo. Outro ponto, é a proibição dos cantores do Grupo Especial gravarem e se apresentarem na quadra. Isso nivela todos o sambas”, analisa o dirigente.

Thiago Monteiro também destacou questões como distribuição de ingressos, torcida na quadra e valores mais acessíveis das inscrições, além de descontos para compositores da casa.

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“As nossas gravações começam no segundo 20, para a gente evitar muitas introduções, muitas firulas no samba. A gente não proíbe, mas também não incentiva, e está em regulamento escrito que não precisa de clipe, não precisa de torcida na quadra. A parceria que precisar, de quantos ela precisar, a gente vai dar todos os ingressos, todas as parcerias ganham um camarote na quadra para cuidar dessa pessoas. Essas composições, esses formatos, e o número pequeno de apresentações, são quatro apresentações apenas até a final. É uma das disputas mais acessíveis e a taxa de inscrição é de R$ 250 por parceria. E quem colocou samba, e você tiver os cincos parceiros no ano passado assinando em alguma parceria na disputa do ano passado, essa taxa cai para R$ 150. A grande maioria pagou R$ 150 porque são parceiros que vem recorrentemente colocando samba”, revela Thiago.

O diretor Thiago Monteiro finaliza elogiando a safra de sambas e relacionando o bom rendimento dos compositores com o formato de disputa.

“A gente preza muito por não julgar através de comentários da internet. A gente tem todo o respeito, mas luta muito para se abster disso. É importante porque movimenta a bolha, mas a gente está aqui focado no samba. Estamos focados em julgar a qualidade da obra, não na parceria. Acho que esse é um dos fatores que tem feito a gent ter grandes sambas e a safra que chegou aqui, eu saio muito satisfeito, muito feliz com o que foi apresentado, porque acho que esse enredo vai ser representado por um grande samba”, concluiu Thiago Monteiro.