A Unidos da Tijuca festejou na noite de sábado, com a quadra lotada, seus 91 anos de história em sua quadra. A escola organizou um show com os seus segmentos e as outras 11 agremiações do Grupo Especial. A apresentação iniciou com a “Pura Cadência” e os intérpretes Wantuir e Wic, além da equipe do carro de som, relembrando sambas-enredo históricos da agremiação do Borel. Em seguida, houve uma participação do bloco afro Òrúnmilá.
Após a participação do grupo, os outros segmentos da escola começaram a se apresentar. O show continuou com a ala das baianas, a velha-guarda e as passistas. O segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira, Rafael Gomes e Lohane Lemos, dançou ao som de “Waranã, a reexistência vermelha”, samba-enredo do ano passado.
A festa da Unidos da Tijuca encerrou com o samba-enredo desse carnaval “É onda que vai… é onda que vem… serei a baía de todos os santos a se mirar no samba da minha terra” junto com a dança do primeiro casal, Matheus André e Denadir Garcia, e a comissão de frente.
Matheus e Denadir comentaram, em entrevista ao CARNAVALESCO, o sentimento de estarem presentes no aniversário de 91 anos da Unidos da Tijuca. “Estar aqui podendo mostrar o melhor do meu trabalho e comemorar junto com a Unidos da Tijuca. Isso é sem explicação. Eu estou muito feliz e muito grato”, disse o mestre-sala.
“É uma felicidade enorme, 91 anos da Unidos da Tijuca. É o meu terceiro ano na escola, mas somente com dois carnavais. Então estou muito feliz, a festa está linda demais”, complementou a porta-bandeira.
O mestre Casagrande esteve no comando da “Pura Cadência” nos três dos quatro títulos da escola. Em clima de aniversário da Unidos da Tijuca, ele relembrou o desfile mais marcante. “Foi 1983. “Brasil devagar com o andor”. Eu acho que é um desfile que marca, porque foi o meu primeiro desfile dentro da bateria da Unidos da Tijuca”.
O intérprete Wantuir, também campeão pela escola, comentou sobre sua relação com a Unidos da Tijuca. “Apesar de eu ter passado em outras escolas de samba do Rio de Janeiro, a Tijuca é minha casa. Eu ir para a casa e ir para a quadra da Tijuca é a mesma coisa”.
Jack Vasconcelos falou sobre a honra de ser carnavalesco da escola e citou nomes históricos que já estiveram à frente do carnaval da Unidos da Tijuca. “É uma honra muito grande estar nesse momento como carnavalesco da escola e estar presente nessa festa. Eu me lembro do Oswaldo Jardim, do Milton Cunha, Paulo Barros, Sylvio Cunha, uma galera que eu admiro tanto. Para mim vem a lembrança dos carnavais incríveis que eu vi quando eu comecei a me apaixonar por carnaval”.
Perguntado sobre qual palavra definiria a Unidos da Tijuca, o carnavalesco e comentarista da TV Globo, Milton Cunha, definiu a escola com a palavra “resistência”. “Porque ela se reinventa. Resiste aos modismos (…)”, afirmou.
A expectativa da escola para esse carnaval é a melhor possível. O diretor de carnaval Fernando Costa garantiu que a escola vem forte para a disputa do carnaval de 2023. “Esse ano eles (os jurados) se preparem que a gente está bem melhor que ano passado. Mas muito melhor”.
As agremiações do Grupo Especial fizeram grandes apresentações. O público presente se esbaldou com os sambas histórias e as obras para o Carnaval 2023. A alegria tomou conta da quadra tijucana. Houve “gritos radiantes” para o presidente Lula e a Mangueira abriu o espaço e os sambistas tomaram conta da exibição da Verde e Rosa. Encerramento apoteótico para o evento que merece estar no calendário anual do carnaval. Parabéns, Tijuca!
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