Cantando o ‘O Poder da Comunicação – Império, o Mensageiro das Emoções’, o Império de Casa Verde encerrou os desfiles do carnaval de São Paulo já pela manhã deste domingo (24), e contou com o homenageado Carlinhos Maia no último carro que interagiu bastante com arquibancadas lotadas de fãs. O site CARNAVALESCO conversou com personagens da escola que estavam bem emocionados após o desfile. Veja o que falaram os principais personagens da escola.
Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Os primeiros a estarem na dispersão, era o casal, primeiramente o mestre-sala Rodrigo Antonio que estava observando a última alegoria passando pela dispersão e bem emocionado avaliou sobre a apresentação: “Minha avaliação é que é tudo nota 10. Saímos da pista pulando de alegria foi perfeito. Não tem explicações”.
A porta-bandeira Jessica Gioz deu sua opinião sobre a dança: “A gente fez exatamente o que ensaiamos. Resultado é o que apresentamos na pista. O que o jurado vai achar é outra coisa. Mas a gente sai super satisfeito desse desfile”, e completou sobre esse momento de volta aos desfiles “O dia, o sol, o Império, foi tudo lindo, tudo ajudou”.
Mestre de Bateria
Interagindo com componentes da bateria minutos depois do desfile, dispersão já quase vazia, o Robson Campos, conhecido como Mestre Zoinho avaliou a apresentação da bateria no desfile: “A avaliação foi muito boa. Acho que quando o público responde é que realmente o negócio foi legal. Era o nosso projeto, proposta, foi muito bom, e dever de missão cumprida. A bateria tocou muito hoje”, e completou “As paradinhas que a gente fez principalmente na Monumental, no recuo, nos apresentamos muito bem hoje. Essa é a avaliação, conseguimos dar a sustentação necessária para esse samba que era um samba mais cadenciado, mas tinha que tomar cuidado e conseguimos o ponto certo do samba, se demos muito bem na pista, agora esperar apuração, jurados e o que eles têm para avaliar”.
Intérprete
Bem requisitado na dispersão por diretoria, membros da escola, imprensa, o intérprete Carlos Júnior estava bem emocionado, feliz com o resultado e defendeu o samba e o enredo da escola: “O samba do Império é contestado e a gente já se acostumou com isso. Porque nós somos uma escola que tem personalidade única. Temos consciência que existem mais de 200, 300 funcionários, e eles precisam de respaldo. Alguns passam fome. E acho que a consciência da diretoria, a primeira coisa é tentar garantir que nós não passaremos fome e trabalhar com tranquilidade, não podemos esperar a prefeitura nos dar a mão, não fazendo crítica ao governo, pois já estão sendo criticados na internet. Só que nós precisamos nos virar, e tem pessoas dentro da Império que correm atrás disso para garantir permanência do Leandro (carnavalesco), Carlos Jr, do Mestre Zoinho, através de um enredo como Carlinhos Maia, como Líbano, Sustentabilidade, e o povo que é cultural e social talvez não entenda isso muito, os mais conservadores. Mas cabe a nós, mas algumas escolas fazer esse povo entender que o mundo mudou”.
E ainda complementou com um desabafo: “Estamos aqui fazendo carnaval sem deixar de ser cultura, mas empregando pessoas que elas têm dignidade, temos vários problemas, com direção, com amigos, colegas funcionários, mas temos isso, dignidade. Uma hora a Império vai ter condição de fazer um carnaval cultural e social e vai ser maravilhoso, mais maravilhoso que qualquer que a gente possa ter escolhido e feito algum conservador sofrer”.
Diretor de harmonia
Um quesito importante da escola, que é a harmonia, foi avaliado pelo diretor Serginho após o desfile que nos contou: “Se pudessem me ver agora, iam me ver sorrindo. Pois acho que foi nossa proposta, a Império tem por característica uma escola que canta muito. Nos ensaios técnicos poderia ter sido melhor, mas fizemos muitos trabalhos pontuais, fomos ensaiar algumas alas, fizemos um trabalho muito forte. Deu muito certo, o resultado veio. Diferente de 2020 que também teve um atraso e passou uma escola cansada, hoje com o atraso passou vibrante, a figura do Carlinhos (Maia), esse envolvimento, tinha muitos fãs do Carlinhos, então vibração e o sol estava maravilhoso. O que chegou para mim na faixa amarela, que vou tirando ala por ala, foi uma escola vibrante, deu tudo certo”.
E complementando sobre outro quesito das notas: “Na evolução também. Teve momentos que paramos um pouco a escola, mas por conta da bossa da bateria, sentiu ali, e deu certo na evolução, vieram dançando, para mim foi tudo certo. Obviamente deve ter tido uma coisa ou outra, mas para mim foi incrível”.
Carnavalesco
O carnavalesco Mauro Quintaes era cumprimentado por alguns diretores que passavam, mas estava sozinho na dispersão, visivelmente bem emocionado olhando para a pista, e ao ser perguntado sobre tamanha emoção, disse: “Passou (pela cabeça) que eu quase morri. Há um ano e pouco estava internado e quase morrendo. E hoje aqui estou revivendo a felicidade do desfile”.
Sobre o quesito plástico da escola, fantasias e alegorias, Mauro respondeu: “Foram dois anos muito difíceis. E a gente teve tempo de pensar o carnaval, fazer o carnaval da forma que o presidente Alexandre pediu. Carros vazados com formas e soluções diferentes, deixamos bem claro isso aqui na avenida. Importante é que a gente conseguiu dar a contrapartida do que foi pedido. E oferecer não só ao público de São Paulo, mas também a comunidade do Império de Casa Verde, um belíssimo espetáculo”.
A agremiação tem outro carnavalesco que desenvolveu todo o trabalho com Mauro, e também conversamos com ele sobre o desempenho já de manhã: “O resultado vai ser o melhor possível, a gente vem com que programamos, pensamos. Trabalho todos esses dois anos, apresentamos muito bem tanto em fantasia, alegoria, as alas estavam cantando. Podemos esperar um resultado bom.” e completou “Aconteceu neste sol, teve atraso, mas a gente já estava preparado para desfilar de dia. Então só íamos passar a primeira parte da noite, mas valeu a pena, foi lindo o sol, amanhecendo”.