728x90
InícioSão PauloCom o objetivo de mostrar um enredo alegre, Pérola Negra cantou Jair...

Com o objetivo de mostrar um enredo alegre, Pérola Negra cantou Jair Rodrigues em desfile regular

Escola corre por fora na briga pelo acesso ao Especial.

Penúltima escola a desfilar, a Pérola Negra desfilou cantando uma homenagem ao artista Jair Rodrigues. A ‘Joia Rara’ do samba teve como destaque a bateria ‘Swing da Mada’, que executou bossas remetendo a sucessos e vida do homenageado. A segunda alegoria causou um impacto imenso na pista com suas cores e esculturas realistas. O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Kadu e Camila, mostraram agilidade na dança e foram os únicos a pegarem um tempo mais ameno. Porém, ao todo, a apresentação da Pérola se marcou por ser regular.

Comissão de frente

Cada componente da ala vestia uma fantasia de cada cor, deixando a comissão de frente bem colorida. A coreografia era um misto de tudo, como o samba, a saudação ao público e, principalmente, a dança dos integrantes conforme a letra do samba. A ala quis mostrar alegria, devido à história de Jair Rodrigues. Por isso optaram por algo irreverente e colorido.

Mestre-sala e Porta-bandeira

O casal Kadu Andrade e Camila Moreira, realizou uma apresentação segura. Em análise na cabine de frente ao recuo, deu para notar movimentos intensos e rápidos no bailado e, na hora de estender o pavilhão para a cabine de jurados, fizeram de forma correta.

Vale destacar que entre todos os casais do Grupo Especial, Kadu e Camila foram os que menos sofreram pela questão do tempo. A pista estava seca, não estava sequer garoando e o vento já tinha diminuído sua potência. Vale ressaltar que isso não é parâmetro, mas o clima é determinante para uma performance satisfatória.

Harmonia

Em termos de volume, o canto da escola foi forte em apenas alguns momentos do samba, como o refrão principal e os últimos versos. Porém, se tratando de uniformidade com a ala musical e bateria, a comunidade da Pérola Negra respondeu muito bem.

Enredo

Como dito anteriormente, a Pérola Negra quis levar um enredo alegre para o Anhembi neste ano e encontrou isso na figura de Jair Rodrigues. Tudo isso deu certo e começou pela comissão de frente, esbanjando um colorido e um impacto de simpatia logo de cara. Após, mostrou suas origens musicais através de uma alegoria com grandes notas musicais e, dentro do setor, alas coreografadas continuavam passando a mensagem para o enredo. Depois mostrou sua fé, religiosidade e, no final, Jair foi coroado com honra pelo carnaval nas cores de Salgueiro e Mangueira, que são as escolas que o artista tinha ligação.

Evolução

A ‘Jóia Rara’ do samba evoluiu de forma correta. Analisando a escola perto do recuo da bateria, deu para ver uma grande organização. Tanto em compactação dos componentes por inteiro, como das alas em si. O alinhamento das fileiras foi feito de maneira correta. Vale destacar que o samba não pedia uma coreografia padrão, então os desfilantes tiveram a estratégia de evoluir de um lado para o outro. Porém vale destacar apenas o refrão do meio: “Vou me banhar na cachoeira… Lavar a alma na fé… Salve o rei da mata meu santo protetor… Oxóssi caçador”. Neste momento os componentes faziam o arco e flecha característico do orixá Oxóssi.

Samba-Enredo

É uma obra que em sua maior parte tem uma melodia lenta. Porém a letra é rica e conta a história de Jair Rodrigues de forma correta. A parte que mais se destaca é quando se fala dos sucessos de Jair e as escolas de samba que ele teve ligação, que foram Salgueiro e Mangueira. O intérprete Daniel Collete fez a sua parte e colocou a comunidade para cima. Foi o tempero do hino e deu um gás gigante.

Fantasias

As vestimentas da Pérola Negra foram padrão da noite. Algumas alas se destacam mais que as outras por ter costeiros maiores e de um requinte maior. Um exemplo é a ala 1, onde a fantasia foi mostrada de extrema simplicidade, mas tinha uma leitura simples e permitia o componente desfilar melhor. Além disso, deu para notar bastante colorido nas fantasias entre os setores. Essa era a proposta Pérola Negra.

Alegorias

A primeira alegoria veio em uma espécie de boiadeiros e onça na frente. Atrás, com notas musicais, remetendo à vida musical do artista. O segundo carro alegórico foi o principal esteticamente. Todo verde com um pássaro amarelo na frente. Logo atrás uma monumental escultura de uma espécie de índio. Por fim, o terceiro era Jair, coroado no carnaval com as cores de Salgueiro e Mangueira. As alegorias mostraram uma bela estética e ideia de história real.

Outros destaques

A bateria ‘Swing da Mada’, regida pelo mestre Neninho, teve um desempenho satisfatório e remeteu a vida do artista. Isso se mostra nas bossas. Nos últimos versos onde se canta Salgueiro e Mangueira, a batucada faz a bossa para ficar somente no surdo de primeira, que é característica da verde e rosa. Outro breque foi feito no ritmo do sucesso “Deixa isso pra lá”. Neninho mostrou criatividade nesses aspectos.

- ads-

Série Barracões: Reza, emoção e fé! Tradição une espiritualidade, resistência e arte no retorno à Sapucaí

A escola de samba Tradição retorna ao Sambódromo da Marquês de Sapucaí em 2025 com o enredo "Reza", desenvolvido pelo carnavalesco Leandro Valente. A proposta...

‘Sempre é um sonho’: Maria Mariá completa seu terceiro carnaval à frente da ‘Swing da Leopoldina’

Estudante de Comunicação Social na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Faixa preta no Taekwondo. Gresilense desde pequeninha. Rainha de bateria da Imperatriz Leopoldinense....

Carlos Jr. celebra 25 anos como intérprete e comenta mudanças no julgamento do carnaval de SP

Há um quarto de século à frente de carros de som, Carlos Jr. se consolidou como uma das vozes mais marcantes do carnaval paulistano....